Após contestação judicial da candidatura a vice da assistente social Tânia Magalhães, o vice-prefeito de Quissamã, Marcelo Batista (PP), candidato à sucessão de Fátima Pacheco, anunciou um novo nome para vice na sua chapa. No lugar de Tânia foi anunciada a administradora Sabrine Pereira, ex-subsecretária de Saúde. Em vídeo publicado na rede social, Marcelo diz que Tânia retirou sua candidatura.

"Hoje, venho fazer um anúncio muito importante para a nossa campanha. A assistente social Tânia Magalhães retirou a sua candidatura para vice-prefeita de Quissamã. Em seu lugar, anunciamos a administradora Sabrine Pereira, que foi subsecretária trabalhando incansavelmente por uma saúde de referência e qualidade. Gostaria de agradecer a Tânia e reafirmar a sua importância para a nossa campanha. Tânia é uma das responsáveis pelo grande trabalho na área social que realizamos em Quissamã. Seguimos cada vez mais fortes no nosso objetivo, de continuar desenvolvimento do nosso município", escreveu Batista.

A ação de impugnação de pedido de registro de candidatura contra Tânia Magalhães foi proposta pela vereadora de oposição Alexandra Moreira, candidata à reeleição. Ela alega que Tânia encontra-se inelegível, em razão de demissão do serviço público, que teria sido ocupado ilicitamente.

Em 2010, Tânia foi investigada por atos de improbidade administrativa. Segundo denúncia enviada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a assistente social teria acumulado ilicitamente três cargos públicos como assistente social, sendo um em Quissamã e dois em Campos. Em abril de 2000, ela teria assumido o primeiro cargo em Quissamã e, na ocasião, não teria declarado preexistência de qualquer cargo ou emprego público. Em 2005, Tânia teria assumido o segundo cargo público na Fundação João Barcelos Martins, em Campos. Posteriormente, ela foi aprovada em concurso público realizado pela Prefeitra de Campos para preenchimento de cargo de assistente social.

Ainda de acordo com a denúncia apresentada pelo MPRJ em 2010, como Tânia já integrava os quadros da Fundação João Barcelos Martins, o Município de Campos entendeu que a assunção de novo cargo ensejaria acumulação ilícita. Após dois mandados de segurança, a assistente social assumiu o terceiro cargo público em julho de 2008. No entanto, segundo o MPRJ, dessa vez, ela teria declarado que só possuía o cargo em Campos, sem citar a ocupação de Quissamã.