O prefeito de Campos e pré-candidato à reeleição, Wladimir Garotinho, protocolou nesta semana, no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e na Corregedoria Geral da Polícia Civil, uma notícia de fato sobre a conduta do policial civil Cristiano Dykeman, marido da pré-candidata a prefeita Delegada Madeleine (União). Segundo a representação apresentada pela equipe jurídica de Wladimir, Dykeman teria feito postagens no WhatsApp com acusações infundadas de roubo e ameaças veladas ao prefeito. Por sua vez, Madeleine postou um vídeo nas redes sociais e declarou que: "Desde que meu nome foi anunciado como pré-candidata prefeita da nossa cidade, eu venho sofrendo retaliações, ataques coordenados contra a minha honra, contra a minha história".

"O noticiante (Wladimir) tomou conhecimento de que o policial civil Cristiano Dykeman postou em suas atualizações/status do aplicativo de mensagens WhatsApp, as seguintes mensagens: 'O problema não é xingar! O problema é roubar por anos um povo e ter os pais presos. #vaiacontecer' e 'Sua hora está chegando! Sivis pacem para bellum'. Embora tais mensagens não mencionem expressamente o nome do noticiante, as referências contidas nelas deixam claro a quem foram direcionadas. Adicionalmente, a utilização do slogan '#vai acontecer' da pré-campanha da esposa do policial, Madeleine Dykeman, evidencia a intenção de caluniar e ameaçar", diz trecho da representação apresentada pela defesa de Wladimir.

O prefeito destacou que política não é lugar de intimidação e ameaça. "No Folha no Ar de 22 de março, eu comentei sobre o receio da função de Madeleine e do seu esposo ser usada indevidamente no processo eleitoral. Ingressei no MP e na Corregedoria da Polícia civil por intimidação e ameaça contra mim pelo policial Cristiano Dykeman. Não vão transformar a política de Campos nesse vale tudo, não vão mesmo. Política não é lugar de intimidação e ameaça, nem a mim e nem a nenhum outro candidato", declarou Wladimir.

No vídeo postado nas redes sociais por Madeleine, na tarde desta sexta-feira (9), a pré-candidata disse que foi surpreendida com o que chamou de "ataque baixo" do prefeito Wladimir. "Wladimir entrou na justiça contra o meu marido, Cristiano Dykeman, excelente exímio policial, acionando ele na Corregedoria da Polícia Civil, pelo motivo dele ter postado no status de WhatsApp uma menção em meu apoio. O advogado do prefeito está pedindo que medidas sejam tomadas contra o meu marido, numa tentativa clara de me intimidar. Como delegada, eu nunca tive medo de bandido. Não vai ser agora que eu vou aceitar a intimidação de ninguém", comentou.

A equipe jurídica do prefeito pede a instauração de inquérito civil e/ou procedimento investigatório criminal para apurar a conduta de Dykeman e também a adoção de todas as medidas administrativas e/ou judiciais, visando a responsabilização funcional do servidor.

A equipe de reportagem também entrou em contato com o MPRJ e a Corregedoria da Polícia Civil, e aguarda respostas.