Casal Bolsonaro pede acesso a depoimentos no caso das joias
01/09/2023 21:17 - Atualizado em 01/09/2023 21:18
Jóias e rolex de Bolsonaro
Jóias e rolex de Bolsonaro / Foto: Reprodução
Após se calarem em depoimento na Polícia Federal nessa quinta-feira (31) no inquérito que apura a venda ilegal de joias recebidas por comitivas do governo durante viagens oficiais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediram, por meio de suas defesas, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dê acesso à integra dos depoimentos que foram prestados por outras pessoas no mesmo dia.
Na petição direcionada a Moraes, os defensores do casal afirmam que os depoimentos "constituem elementos já efetivamente documentados" e pedem "acesso imediato a esses documentos", além de sua inclusão nos autos do processo.
Convocados a depor à PF, o casal Bolsonaro e o ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Fabio Wajngarten, ficaram em silêncio ao serem interrogados nessa quinta. Os três permaneceram pouco mais de uma hora na sede da PF, na área central de Brasília (DF), e deixaram o prédio sem falar com jornalistas que os aguardavam do lado de fora.
Bolsonaro, Michelle, Wajngarten e outras cinco pessoas foram intimadas a depor no âmbito do inquérito que investiga as suspeitas de que, com ajuda de assessores e pessoas próximas, Bolsonaro tentou se apropriar indevidamente de joias que, supostamente, recebeu de presente de autoridades públicas sauditas. Devido ao valor de tais joias, elas legalmente deveriam passar a compor o patrimônio da União.
Também foram convocados a depor, hoje, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid; o pai de Mauro Cid, o general César Lourena Cid; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e os ex-assessores da Presidên-cia, Marcelo Câmara e Osmar Crivellati.
Bolsonaro, Michelle e Wajngarten justificaram a decisão de ficar em silêncio argumentando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) entende que a apuração relativa às joias sauditas não deve tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF).
Como a investigação tramita em segredo de Justiça, a PF não forneceu detalhes sobre os depoimentos.

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