Os acampamentos bolsonaristas, montados em frente a quartéis generais do Exército, começaram a ser desmontados em todo o Brasil, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em Campos, o trabalho de desocupação na avenida Deputado Bartolomeu Lizandro, em Guarus, aconteceu de forma pacífica e já por volta das 17h30 desta segunda-feira (09) não tinha mais ninguém do movimento antidemocrático no local.
Duas viaturas da Polícia Militar acompanham o desmonte do acampamento bolsonarista em frente à 2ª Companhia de Infantaria, em Campos. O acampamento foi montado há cerca de dois meses, logo após as urnas confirmarem a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ao longo do tempo, o movimento foi perdendo o tamanho e nesta segunda apenas seis pessoas estavam no local. Apontados como golpistas e antidemocráticos, os acampamentos chegaram a ser defendidos como um ato de “patriotismo e de resistência civil”.
A decisão do desmonte dos acampamentos foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, após bolsonaristas invadirem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF. Os que insistirem, alerta o ministro, poderão ser presos em flagrante e enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes. “Determino a desocupação e dissolução total, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)”.
Terrorismo — Nesse domingo (08), bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília. O prejuízo ao patrimônio público, de todos os brasileiros, ainda não foi calculado. Até o fim da noite de domingo, pelo menos 300 pessoas haviam sido presas.
Por conta do ataque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal para assumir a segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro.