A presidente do STF, ministra Rosa Weber, afirmou que a “Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito”.
O governador do DF, Ibaneis Rocha, gravou um vídeo em que pede desculpas ao presidente Lula e aos presidentes do STF, Rosa Weber; da Câmara, Arthur Lira; e do Senado, Rodrigo Pacheco, pelos atos antidemocráticos deste domingo.
Polícia do DF atualiza para 150 o número de presos em flagrante durante o ato antidemocrático.
Polícia Legislativa anuncia a prisão de 30 pessoas que invadiram o Plenário do Senado.
Últimos invasores são retirados também do Congresso Nacional.
A Polícia Civil informou que pelo menos seispessoas foram detidas em flagrante durante a invasão ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF. Segundo corporação, 14 ocorrências foram registradas, entre elas, agressões a jornalistas e encontro de explosivos na Câmara dos Deputados.
A Advocacia Geral da União (AGU) reivindicou ao Supremo Tribunal Federal (STF), no início da noite deste domingo (8), a prisão em flagrante de todos os envolvidos na invasão do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) e, ainda, do secretário Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
O Fórum Nacional de Governadores ofereceu o envio de policiais para ajudar na recuperação da segurança na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. A entidade fez uma reunião de emergência na tarde deste domingo, após extremistas invadirem as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O encontro reuniu tanto governadores como secretários estaduais de Segurança Pública. O Fórum Nacional de Governadores também emitiu uma nota de repúdio aos atos antidemocráticos na área central de Brasília.
Do interior do estado de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento, na tarde deste domingo (8), quando anunciou um decreto que determina intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro, após a invasão do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro.O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, foi nomeado o responsável pela segurança pública na capital do país.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se manifestou sobre os ataques. “Em um ambiente democrático, as cenas que vemos em Brasília são inadmissíveis. Atitudes como essas mancham a imagem do Brasil e não contribuem em nada para o nosso futuro. Manifestações pacíficas fazem parte da democracia, vandalismo não!. Reitero meu compromisso com a ordem democrática – hoje e sempre. Seremos enérgicos contra toda e qualquer manifestação que não respeite os patrimônios público e privado, e o direito de ir e vir dos cidadãos do Rio de Janeiro”.
O prédio do STF foi retomado e cercado pelas forças de segurança. Quinze minutos depois, a Polícia Militar controlou a situação no Palácio do Planalto, retirando os radicais do prédio e da rampa.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que, juntamente à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acionou a Procuradoria-Geral da República para pedir intervenção federal no Distrito Federal.
Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar “veementemente esses atos antidemocráticos”, que, segundo ele, deverão “sofrer o rigor da lei com urgência”. A Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão. “Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação”, disse Pacheco.
O chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse nas redes sociais, que tem certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei”.
Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”. Entretando, momentos depois, o governador do DF, Ibaneis Rocha, anunciou a exoneração de Torres.
Via redes sociais, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. Ele acrescentou ter ouvido do Governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado. “As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, twittou o ministro.
Imagens mostram que o efetivo de PMs que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta e bombas de efeito moral em uma tentativa, sem sucesso, de conter os manifestantes que entoavam palavras de ordem golpistas. Se a princípio, policiais militares tentaram conter os radicais, imagens veiculadas momentos depois mostram agentes fazendo fotos e vídeos, registrando o ato antidemocrático, ao invés deatuarem na coibição da invasão.