A presidente do Siprosep, Elaine Leão, comemorou a volta das conversas com o Executivo e marcou para sexta-feira (8) uma assembleia da categoria para deliberar sobre eventuais propostas do município. Também foi solicitada uma audiência pública na Câmara para debater o tema e o presidente da Casa, Fábio Ribeiro (PSD), indicou que poderá acontecer na próxima semana.
Durante a sessão, o assunto rendeu mais polêmicas. Ainda sem previsão para votação do projeto de lei sobre vale alimentação e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o líder da oposição, Marquinho Bacellar (SD) criticou o governo pela demora e lembrou da emenda apresentada pelo grupo que limita o remanejamento do prefeito dos atuais 20% para 5%.
— Vocês (servidores) estão ouvindo historinha, não tem que marcar audiência, nada disso. Tem que resolver. Nos chamaram de vagabundos, que não queríamos trabalhar. E hoje só tem moção de aplausos. Cadê o projeto do vale? Cadê a LDO? O dinheiro dos agentes de endemia já está na conta e não vem o projeto. Falam que a gente quer engessar o governo, mas é por causa dos escândalos. Ele (prefeito) não está fazendo nada com 20%, então que passe por nós. Tenho conversado com Fred e vereadores mais experientes que falam que 5% é pouco. Eu sou grupo, antes de qualquer coisa. O que o grupo decidir, eu vou seguir. Se o grupo decidir que 5% é pouco, vou acatar, mas acho que quanto menos porcento, menos chance de corrupção.
Havia a expectativa que os projetos fossem votados nesta semana, mas, sem maioria no plenário, o prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) retirou da Câmara o texto que previa o vale alimentação escalonado, de R$ 200 a R$ 400, dependendo da faixa salarial.
Além disso, Fábio Ribeiro explicou que houve um acordo entre os vereadores para votar a LDO apenas depois que o projeto sobre o piso salarial dos agentes de combate de endemias chegasse à Casa. Isso dependeria do repasse de verba federal, o que os parlamentares da oposição disseram que aconteceu nesta quarta.
A LDO é uma prévia do orçamento para 2023, que é votado em definitivo no final do ano. Somente após a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias é que a Câmara poderá entrar em recesso de meio de ano.