Tentativa de golpe na Bolívia fracassa e general é preso
26/06/2024 21:53 - Atualizado em 26/06/2024 21:53
A Bolívia sofreu uma tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-comandante do Exército do país, nesta quarta-feira (26). Tanques do Exército e militares armados chegaram a invadir o palácio presidencial, em La Paz. No entanto, o ato fracassou. A tentativa de golpe na Bolívia é a segunda em cinco anos e foi arquitetada pelo general Juan José Zúñiga. Ele acabou sendo preso e acusou o presidente Luis Arce a orquestrar o ato.

Na terça-feira (25), Zúñiga foi destituído do cargo de comandante-geral do Exército após fazer ameaças ao ex-presidente Evo Morales. O general afirmou que prenderia Morales caso o ex-presidente voltasse ao poder.

Após cerca de quatro horas de tensões que incluíram uma discussão entre Luis Arce e Zuñiga, o movimento foi desmobilizado por ordem do presidente. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento da discussão.
Em pronunciamento, Arce anunciou que estava destituindo os outros dois comandantes da Marinha e da Força Aérea, nomeando novos chefes para as Forças.

O novo comandante do Exército, nomeado nesta terça por Arce, ordenou oficialmente a desmobilização das tropas rebeldes. Cerca de três horas depois da invasão, os tanques se retiraram do palácio presidencial e da Praça Murillo, que fica em frente ao edifício histórico.

Zuñiga disse a TVs locais que o movimento era uma "tentativa de restaurar a democracia" na Bolívia e de "libertar prisioneiros políticos". No entanto, a tentativa de golpe foi fortemente condenada até por adversários políticos de Arce, como a ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez.

A Suprema Corte da Bolívia também condenou a tentativa de golpe e pediu à comunidade internacional que se mantenha "vigilante em apoio a democracia na Bolívia".

A Procuradoria-Geral da Bolívia anunciou que abriu uma investigação contra Zuñiga e os militares que participaram da tentativa de golpe. O general também se tornou alvo de um processo judicial aberto por senadores bolivianos.
Fonte: G1

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