Incêndio atinge navio Bram Force na Bacia de Campos e rescaldo continua
Maria Laura Gomes 09/01/2025 16:28 - Atualizado em 09/01/2025 18:11
Divulgação


Um incêndio de grandes proporções atingiu o navio AHTS Bram Force, que operava na Bacia de Campos, na noite desta quarta-feira (8). O fogo causou danos à embarcação, e as equipes de rescaldo continuam atuando no local para controlar a situação, com as operações se estendendo até a tarde desta quinta-feira (9). Já completaram 12 horas de combate às chamas.

A assessoria do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informou que todos os tripulantes foram evacuados com segurança e resgatados por uma embarcação da Maersk. "Rebocadores também foram mobilizados para conter o incêndio e minimizar riscos. As causas do incêndio permanecem desconhecidas. O Sindipetro-NF está apurando as informações junto à Petrobrás, apesar de não representar os trabalhadores marítimos. Para o sindicato, esse acidente traz à tona questões de segurança em operações marítimas na principal área de exploração de petróleo do Brasil", finalizou a nota.
A Petrobrás informou que o incêndio foi iniciado na praça de máquinas da embarcação AHTS Bram Force, da empresa BRAM, que atuava no campo de Marlim, na Bacia de Campos. Segundo a estatal,  imediatamente foram deslocadas embarcações de combate ao fogo (firefightings) para o local. "Não houve feridos e o incêndio está sendo controlado. A operação do navio foi interrompida e toda a tripulação foi evacuada para uma embarcação próxima. A Petrobrás irá instaurar uma comissão para investigar as causas do acidente em conjunto com a empresa BRAM", finalizou.
O navio Bram Force é utilizado em operações de apoio à produção de petróleo e gás na Bacia de Campos, sendo uma área de alta relevância para a indústria de petróleo no Brasil.

De acordo com a Marinha do Brasil, outras embarcações encontram-se na área prestando o devido apoio no combate ao incêndio, garantindo a flutuabilidade do meio sinistrado e prevenindo a ocorrência de poluição hídrica. Após extinto o incêndio, o navio será rebocado para o Porto do Açu e um inquérito será instaurado.
— Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54 —informou a Marinha.

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