A estação mais quente do ano começou oficialmente no sábado (21). No entanto, as altas temperaturas já vêm se mantendo ao longo das últimas semanas. A diretora da Clínica da Criança, a pediatra Jodinéa Melo, alerta que o verão é motivo de atenção, principalmente em relação às crianças, devido às fortes ondas de calor e exposição prolongada ao sol. Além disso, cuidados com a alimentação, higienização das mãos e manter a hidratação ajudam a prevenir doenças virais e bacterianas, como as infecções por gastroenterite, relacionadas à água contaminada e à alimentação inadequada.
A especialista destaca, ainda, que as mudanças bruscas de temperatura, como ir do ar-condicionado para o sol, podem deixar as crianças resfriadas.
“As crianças podem sofrer insolação e desidratação devido à exposição prolongada ao sol e à falta de ingestão de líquidos. Além disso, o calor e a umidade podem causar infecções, como frieiras e candidíase genital, especialmente quando as crianças usam roupas de banho úmidas. Também há um aumento nos casos de conjuntivite, com sintomas como olhos vermelhos, pálpebras inchadas e sensibilidade à luz, transmitida por secreções oculares, e otite externa (otite do nadador), que é comum devido ao contato com água em praias e piscinas”, pontuou a médica, reforçando que, para prevenir essas doenças, recomenda-se manter a vacinação em dia, higienizar as mãos, usar filtro solar, secar bem as crianças após o banho e evitar aglomerações.
Jodinéa finaliza citando que no verão também são comuns casos de Influenza (gripe), de infecções por dengue, zika e chikungunya, já que essas arboviroses se proliferam mais no calor, especialmente em áreas com água parada, devido às chuvas.
