Advogado entra com ação após campistas passarem por pânico em avião fora do país
No dia 5 de julho deste ano, alguns campistas embarcaram em uma viagem de trabalho com destino final na Dinamarca, um percurso previamente planejado e cuidadosamente organizado. A jornada começou com a primeira conexão partindo do Brasil no dia 6 de julho de 2024, às 15h36, e chegando a Portugal na manhã do dia 7 de julho de 2024, às 5h16. Até então, tudo transcorria conforme o esperado, em um ambiente tranquilo e sem imprevistos. Após a primeira conexão, os passageiros embarcaram para o trecho final da viagem entre Portugal (Lisboa) e Dinamarca (Copenhagen). O voo teve início por volta das 7h30, com previsão de duração de aproximadamente três horas. No entanto, em meio à aparente normalidade da viagem, algo absolutamente inesperado e aterrorizante aconteceu, afetando os passageiros, que não tiveram nenhuma assistência da companhia aérea após o ocorrido.
Em determinado momento, o comandante da aeronave anunciou que todos os passageiros deveriam colocar as máscaras de oxigênio. Sem maiores explicações, a tripulação informou que uma falha no sistema de despressurização havia ocorrido, e, em poucos segundos, o avião iniciou uma descida brusca. A aeronave, que voava a uma altitude de aproximadamente 34 mil pés, desceu rapidamente para 10 mil pés, gerando um impacto súbito e intenso na pressão atmosférica dentro da cabine.
Esse episódio de despressurização afetou fisicamente diversos passageiros. Alguns deles começaram a sangrar pelo nariz e pelos ouvidos, sinais evidentes do impacto da pressão desregulada sobre o corpo humano. Em meio ao caos e ao medo de que algo mais grave pudesse ocorrer, o pânico tomou conta de todos a bordo. A sensação de vulnerabilidade e impotência diante do inesperado era palpável. Para aqueles que, até então, estavam em uma viagem rotineira de trabalho, o trauma psicológico foi imediato e profundo.
Os campistas relatam que, ao verem a comissária de bordo se despedindo de sua família antes do embarque, foram tomados por um sentimento esmagador de que o avião não chegaria ao destino, de que algo de trágico estava para acontecer. Esse pensamento disparou uma crise de pânico generalizada, agravada pela turbulência e pela necessidade de utilizar a máscara de oxigênio, que gerou sensação sufocante de falta de ar e crise de ansiedade.
Após o episódio de despressurização, a aeronave retornou ao aeroporto de Portugal, onde realizou um pouso de emergência. No entanto, o sofrimento dos passageiros não encontrou amparo ao final desse procedimento. Mesmo diante da evidente situação de pânico e dos danos físicos que alguns passageiros apresentavam, a companhia aérea não providenciou qualquer tipo de assistência médica ou psicológica, deixando-os desamparados em um momento de extrema fragilidade.
O gráfico abaixo retirado do Flightradar 24 mostra o que aconteceu com a aeronave:
O Dr. Evandro Barros, advogado especializado em defender os diretos dos passageiros aéreos, ajuizou dezenas de ações de passageiros desse voo no Brasil, sendo muitos de Campos dos Goytacazes (RJ).
O jurista possui um método chamado AEVD (Análise - Estratégia - Via Indicada - Defesa do direito). Nesse método é feita uma análise detalhada do caso, para determinar a melhor estratégia a ser aplicada. "Cada caso é um caso, e cada cliente é único em seu caso. É feita uma verificação da via mais indicada para defender os direitos dos clientes de maneira rápida e efetiva", diz o advogado.