Nos últimos nove meses, o Estado do Rio de Janeiro registrou quedas em indicadores estratégicos ligados aos crimes contra a vida e o patrimônio, além de aumento nos índices de produtividade policial, com destaque às apreensões de fuzis. A Letalidade Violenta, que abrange homicídios dolosos, latrocínios (roubos seguidos de morte), lesões corporais seguidas de morte e mortes por intervenção de agentes do Estado, apresentou uma redução de 15% no acumulado e de 16% no último mês, em comparação com os mesmos períodos de 2023. Ambas as estatísticas representam o menor número de vítimas para o indicador desde o início da série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP), em 1991. Entre janeiro e setembro de 2024, foram contabilizadas 2.804 mortes, 489 a menos do que as 3.293 registradas no mesmo intervalo de tempo do ano anterior.

Essa tendência também se reflete em outros títulos dessa natureza, as mortes por intervenção de agentes do Estado caíram 24% em 274 dias, alcançando seu menor percentual desde 2015. Da mesma forma, os homicídios dolosos registraram um recuo de 14% no acumulado e de 22% em setembro — os números mais baixos para os períodos em 34 anos.

"A diminuição da letalidade violenta e a alta histórica da apreensão de fuzis é reflexo do trabalho integrado das polícias Civil e Militar e do constante investimento que nossa gestão vem fazendo em segurança pública. Vamos continuar avançando para reduzir todos os índices estratégicos", disse o governador Cláudio Castro.

Nos crimes contra o patrimônio, vale destacar a redução nas ocorrências de roubos de carga, que totalizaram 2.140 registros entre janeiro e setembro de 2024. Em relação ao mesmo período de 2023, houve uma diminuição de 417 casos, ou -16%, consolidando o valor mais baixo para o acumulado desde 2010.

Alta histórica: 577 fuzis apreendidos pelas forças de segurança
Em nove meses, as secretarias de Polícia Civil e Militar apreenderam 577 fuzis, o maior volume para o período desde o início da série histórica do ISP, em 2016. Em média, dois armamentos desse tipo foram retirados de circulação a cada 24 horas. Em comparação com o mesmo período de 2023, houve um aumento de 18,5%. No total, 4.772 armas de fogo foram recolhidas das mãos de criminosos — aproximadamente, 17 por dia.

"O uso estratégico de dados baseados em evidências tem sido fundamental para aprimorar o policiamento e combater com mais eficácia os crimes que afetam diretamente a sensação de segurança da população", explicou a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.

Os indicadores de produtividade policial também apresentaram resultados positivos. Cerca de 48 veículos foram recuperados diariamente no estado, representando um crescimento de 19%. Ao todo, 13.101 carros e motos roubados ou furtados retornaram à população, 2.122 a mais em comparação ao ano anterior.

Além disso, as polícias cumpriram 11.305 mandados de prisão até setembro deste ano, um crescimento de 20%. Foram realizadas, ainda, 32.181 prisões em flagrante, representando uma alta de 14% em relação a 2023.

Principais indicadores:
Letalidade violenta: 2.804 vítimas nos nove meses de 2024. Na comparação com o ano anterior, houve a diminuição de 14,8%. Este é o menor valor para o acumulado desde o início da série histórica, em 1991.

Homicídio doloso: 2.140 vítimas nos nove meses de 2024. Na comparação com o ano anterior, o delito registrou redução de 13,8%. Este é o menor número de mortes para o período desde o início da série histórica, em 1991.

Mortes por intervenção de agente do Estado: 555 mortes nos nove meses de 2024. Em relação ao ano anterior, houve uma redução de 23,7% no delito, o menor valor para o período desde 2015.