Deputado estadual Thiago Rangel é alvo de operação da PF
14/10/2024 07:09 - Atualizado em 14/10/2024 16:01
  • Operação Postos de Midas

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Na manhã desta segunda-feira (14), a Polícia Federal deflagrou, com participação da Receita Federal e do Ministério Público Estadual (MPRJ), a Operação Postos de Midas, com o objetivo de apurar a prática dos crimes de organização criminosa, fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de capitais e outros. Um dos alvos da operação é o deputado estadual de Campos, Thiago Rangel. Documentos apreendidos durante a operação já chegaram à sede da Polícia Federal de Campos.
Thiago Rangel
Thiago Rangel / Divulgação
Na ação, mais de 60 policiais federais, servidores da Receita Federal e membros do Ministério Público cumprem 14 mandados de busca e apreensão, em endereços residenciais, comerciais e em quatro prédios públicos, localizados no município de Campos, na Região dos Lagos, na Região Metropolitana e na capital do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Até o momento, segundo a PF, foram apreendidos R$ 160 mil em espécie, um veículo de luxo blindado avaliado em cerca de R$ 350 mil, celulares, computadores e mídias de armazenamento. Também foram apreendidos diversos documentos físicos. 
Carro blindado avaliado em R$ 350 mil
Carro blindado avaliado em R$ 350 mil / Foto: Divulgação PF
Segundo o MPRJ, os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos municípios de Campos, Cabo Frio, Itaguaí e Rio de Janeiro. As diligências também ocorrem na Diretoria de Aquisições da Câmara de Vereadores de Campos, na Prefeitura de Campos, na Empresa Municipal de Habitação (EMHAB) e na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). As medidas foram autorizadas pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Material apreendido
Material apreendido / Divulgação
A Prefeitura de Campos dos Goytacazes informou, através de nota, que não é alvo de investigação, e que apenas "acompanha e colabora com a Polícia Federal na apuração das denúncias contra o deputado estadual".
"Mandados de busca e apreensão foram cumpridos não somente na sede da Prefeitura, mas em diversos endereços no estado do Rio de Janeiro. A Prefeitura reafirma o compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão pública, se colocando à disposição das autoridades", finaliza a nota.
A Câmara Municipal de Campos confirmou, através de nota, que a Polícia Federal cumpriu mandado de busca de apreensão nas dependências do prédio público. "O material apreendido está relacionado ao período de 2021 e 2022", finaliza.
O inquérito policial, presidido pela Delegacia Regional de Polícia Judiciária e pela Delegacia de Polícia Federal em Campos, foi iniciado a partir do compartilhamento de provas oriundo da prisão em flagrante de um dos membros da organização criminosa investigada, considerado braço direito da pessoa apontada como Chefe da ORCRIM, o qual fora autuado em flagrante no dia 30 de setembro de 2022, pela prática de corrupção eleitoral.
As investigações, segundo a Polícia Federal, revelaram um esquema criminoso de contratações diretas, por meio de dispensa fraudulenta de licitação, de empresas ligadas ao parlamentar estadual investigado ou “emprestadas” a ele, resultando em sobrepreço e no desvio de recursos públicos, posteriormente branqueados por meio de uma extensa rede de Postos de Combustíveis. Apura-se também a prática do direcionamento de licitações para o mesmo grupo econômico.
O nome da Operação, “Postos de Midas” é uma analogia ao Rei Midas da Frigia, que, segundo a mitologia, adquiriu o poder de transformar em ouro tudo que tocava. O nome faz referência ao crescimento exponencial do patrimônio do investigado, que, quando concorreu ao cargo de vereador pelo Município de Campos, declarou um patrimônio de R$ 224.000 composto por dois veículos, participação no valor de R$ 60 mil em um posto de gasolina e um jet esqui. Já em 2022, quando concorreu ao cargo de deputado estadual, declarou um patrimônio de R$ 1.972.000. E, atualmente, conta com uma vasta rede de postos de combustíveis, composta de 18 postos, além de 12 empresas identificadas na investigação.
Com informações da Polícia Federal e do MPRJ
Material apreendido
Material apreendido / Divulgação

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