Campos tem quarto óbito por dengue confirmado
22/07/2024 16:03 - Atualizado em 22/07/2024 18:41
Mosquito da dengue
Mosquito da dengue / Foto Divulgação
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) obteve a confirmação da quarta morte por dengue em Campos. A informação faz parte da atualização do boletim semanal de dengue e outras arboviroses divulgada nesta segunda-feira (22). De acordo com dados monitorados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), da 1ª à 29ª Semana Epidemiológica (SE), período de 01/01/2024 a 20/07/2024, foram contabilizadas 17.113 notificações para a doença.
O óbito mais recente foi de uma idosa de 77 anos, moradora do Centro da cidade, notificado à SUBVS em 21 de junho. O óbito foi registrado em 14 de maio após internação em hospital particular da cidade. A confirmação da causa da morte foi feita pela Comissão de Investigação de Óbito da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) e o resultado foi enviado ao município no dia 17 de julho. Atualmente, há o caso do óbito de um paciente de 59 anos, datado de 21 de junho, que está em investigação para dengue e outros agravos.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS) esclareceu sobre a distância nas datas, informando que, assim que recebeu a notificação, foi iniciada investigação para saber a causa do óbito, que tem entre os critérios, a realização do exame ELISA - usado para detectar a presença de anticorpos ou antígenos no sangue - processado exclusivamente no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN). Essa medida é necessária para evitar o resultado falso positivo muitas vezes apresentado no teste rápido. 
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, explicou que casos de dengue grave precisam ser informações em até 24 horas, o que não aconteceu, segundo ele, por parte do hospital particular que a idosa estava internada e morreu. 
“Foi um caso de dengue grave, que chegou de forma súbita e teve falecimento de forma rápida. Houve uma demora das informações para as autoridades sanitárias. Isso se deve pelo fato de que a informação desse óbito por dengue ter acontecido pelo sistema de vigilância de Saúde de Campos, que é extremamente sensível. Nós conseguimos captar esse óbito pelo sistema de mortalidade, pois a declaração de óbito apareceu como dengue. Nós conseguimos captar isso em junho e iniciamos a investigação do óbito. Assim, solicitamos o prontuário médico junto com as informações laboratoriais para que pudéssemos encaminhá-los para o sistema do Estado para fazer a confirmação. Não houve uma comunicação do hospital com a vigilância imediatamente. A dengue é uma doença que precisa de notificação em 24 horas, principalmente a dengue grave. Esse lapso da informação do hospital particular com a Vigilância é um problema que a gente precisa trabalhar sempre para que se evite atrasos como esse”, explicou
Os outros óbitos em decorrência da doença foram de um idoso de 62 anos (coinfecção dengue/leptospirose) morador de Travessão; uma paciente de 25 anos, moradora do Parque Guarus; um idoso de 64 anos, morador de Donana.
No mesmo período, o município também contabiliza 1.115 notificações para chikungunya. Um paciente de 72 anos, morador de Tocos, não resistiu às complicações e morreu em decorrência da doença. Também foi liberada a estratificação mensal, que segue apontando redução significativa no número de novas notificações.
Para dengue, o mês de julho soma, até o momento, 395 notificações; junho, 1.461; maio, 2.575; abril, 3.524; março, 4.876; fevereiro, 3.413; e janeiro, 871. Para chinkungunya, em julho foram 33 notificações; em junho foram 160; maio, 331; abril, 316; março, 159; fevereiro, 68; e janeiro, 48.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo no início dos sintomas e, assim, evitar o agravamento da doença e possível evolução para óbito.
Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti, como a limpeza e revisão das áreas interna e externa dos imóveis e eliminação dos objetos com água parada, são ações que impedem o mosquito de nascer, interrompendo o ciclo de vida na fase larvária do vetor. Outra orientação é quanto ao uso de repelente para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.
Fonte: Secom Campos

ÚLTIMAS NOTÍCIAS