Novo Centro de Imunização é inaugurado nesta terça, em Campos
Ingrid Silva 09/07/2024 11:24 - Atualizado em 09/07/2024 13:49
Novo Centro de Imunização é inaugurado nesta terça, em Campos
Novo Centro de Imunização é inaugurado nesta terça, em Campos / Genilson Pessanha
O novo Centro de Imunização de Campos, localizado em anexo à sede da Secretaria Municipal de Saúde, foi inaugurado na manhã desta terça-feira (9) e já deu início as suas atividades. O local vai atender desde recém-nascidos até idosos, contando com um horário de atendimento estendido, de segunda a segunda, das 8h às 20h, funcionando também aos feriados. Além de imunização, o centro também irá realizar testes de triagem neonatal, como os de pezinho, língua e orelha. 
Primeira criança vacinada no novo Centro de Imunização
Primeira criança vacinada no novo Centro de Imunização / Genilson Pessanha
O evento contou com a presença do subsecretário de Infraestrutura e operações, Genil da Saúde, e do professor Suledil Bernardino, assim como do subsecretário de Vigilância em saúde, Charbell Kury, e o secretário municipal de saúde, Paulo Hirano. Hirano falou sobre o resgate do espaço, já utilizado para as vacinações, falando sobre a importância da imunização tanto para as crianças quanto para a população no geral, como relembrou sobre a pandemia da Covid-19.
Genilson Pessanha


“A gente dá um grande passo hoje em resgatar esse espaço que sempre foi, historicamente, o grande polo de imunização da nossa cidade. Nós todos sabemos a importância que tem a imunização, que efetivamente, protege as nossas crianças, evitar que elas tenham essas doenças, que acabam realmente evoluindo de forma muito cruel. Muitas das vezes, crianças que vão a óbito por não terem sido vacinadas (...) Eu sempre lembro a importância que tem a vacinação, é só a população relembrar um pouquinho o que foi a pandemia recente do Covid, em que nós só podemos estar hoje novamente aqui, conversando de perto a partir do momento em que tivemos a vacinação em massa da nossa população”, lembra.

O centro contará também com um sistema de drive-thru de vacinação para os acamados ou que possuem dificuldade de se locomover, como anunciado durante a inauguração, assim como o atendimento domiciliar, que acontecerá das 16h às 20h durante os dias de semana. Para isso, será necessário um agendamento através de um número que ainda será disponibilizado, que será o mesmo para agendar os serviços de testagem neonatal e atualização da caderneta vacinal, como lembrado pela subsecretária de saúde, Bruna Araújo, ressaltando que também poderá ser agendado presencialmente.
Subsecretária de saúde, Bruna Araújo
Subsecretária de saúde, Bruna Araújo / Genilson Pessanha


“Esse serviço de testagem é agendado. Então, a mãe não tem necessidade de aguardar a fila, ela vem com calma, agenda o horário, chega e vai ser atendido na hora, e a gente também pretende oferecer, a partir de agora, agendamento para atualização de caderneta vacinal. Então, aquela professora na escola que visualiza que aquela criança não está atualizada, ou aquela criança que foi internada e que também tem necessidade de atualizar o seu cartão, ela já sai daquele ambiente agendado para vir aqui. E, se por ventura, essa mãe ou esse pai não comparecer, a gente tem como fazer essa busca ativa e isso vai facilitar muito esse trabalho nosso de garantir que as nossas crianças estejam sempre vacinadas”, disse a subsecretária. 
Para o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, a expectativa é de retorno no aumento de doses de vacinas aplicadas no município.
"Essa sala, como ela estava antes, pequenininha, só um pedacinho, sozinha, fazia 5 mil doses por mês. Então, a gente acha que, com essa agregação de serviços, vai ser uma quantidade bem maior (...) Vai voltar aos velhos tempos da vacinação de Campos, em que a gente tinha, na época, até três salas centrais. O Centro Polo I, que era na Barão de Miracema, ali também, na antiga Apic, e aqui, onde esses três faziam 15 mil doses de vacina por mês. Então, os velhos tempos estão de volta, e os velhos tempos significa vacinação. E vacinação significa prevenção. E prevenção significa proteção contra doenças", disse. 
Mãe de Rhavi, recém-nascido de 5 dias, Juliana Nascimento compareceu ao Centro de Imunização nesta terça para que ele realize o teste do pezinho já que, no hospital, o bebê tomou as duas primeiras vacinas, sendo elas a BGC, que previne a forma grave da tuberculosa, e a vacina contra a hepatite.
“Ele já tomou as primeiras vacinas no hospital, que é muito importante, que é a BCG e a hepatite, né? E agora ele vai fazer o teste do pezinho. Então, acredito que essas primeiras horas e dias de vida é muito importante. A criança está vacinada, a mãe está também orientada (...) Eu gosto muito daqui. Sempre frequentei aqui, vacinação, coisa assim. E acredito que agora, que ampliou mais, acho que vai melhorar mais em relação a isso. Para nós, mães, tem a facilidade também”, explica.
Juliana Nascimento e Rhavi
Juliana Nascimento e Rhavi / Genilson Pessanha
Alerta para aumento de casos de coqueluche e formas de prevenção
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) fez um alerta, nessa segunda (8), para o aumento no número de casos de coqueluche no estado do Rio de Janeiro por conta do crescimento de mais de 300% das notificações. Segundo dados do sistema TABNET, do Ministério da Saúde, até o dia 4 de julho deste ano, foram registradas 34 confirmações da doença, enquanto em todo o ano passado, apenas oito.
Na inauguração, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, falou sobre a baixa cobertura de vacinação e a importância da imunização também nas gestantes de 20 semanas, para garantir a cobertura do bebê antes de nascer. 
"O Ministério da Saúde dá uma opção que é a gestante tomar a vacina da coqueluche, que é com vinte semanas de gestação. O problema é que elas não estão tomando. Então, a cobertura está 40%, fazendo com o quê? Se a mãe não tomar a vacina, o anticorpo não passa para o bebê. Se o anticorpo não passa para o bebê, ele nasce sem a cobertura. Se ele nasce sem a cobertura, a doença vai atacar. Por quê? Porque a vacina não dá imunidade protetora, nem a doença. Então, se o bebê tiver a doença quando pequenininho, ele vai ter de novo. E vai ter de novo depois de adulto. Então, a nossa chamada aqui é a gestante tomar a vacina da coqueluche e o bebê também", explicou Charbell Kury. (I.S.)
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury / Genilson Pessanha

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