Dois semáforos no cruzamento entre as ruas 21 de abril e Governador Teotônio Ferreira de Araújo, no centro de Campos, estão apagados há anos e a situação segue trazendo transtornos para a população, seja causando acidentes, dificultando o tráfego tanto de veículos quanto de pessoas, ou aumentando o perigo no local. É possível perceber no cruzamento que a maior parte dos veículos não param para as pessoas atravessarem. 

Para Gilza Nunes, que esperava para atravessar na manhã desta segunda-feira (3), a situação prejudica os campistas e a falta de semáforos funcionando não acontece apenas no centro comercial do município.

"Isso prejudica muita gente, né? Às vezes a gente tá com pressa, a gente tá com criança, às vezes a gente quer atravessar rápido e os carros não param. Nem todo mundo tem aquela gentileza de ver que a gente quer atravessar. Eles não param e a gente fica tentando, tentando e eles não param. E não é só aqui não, tem vários lugares assim, faltando semáforo. Tá horrível, né? Mas a gente vai levando”, disse.

Segundo o segurança Cristiano Barbosa, que trabalha no local há três anos, desde que ele chegou, os semáforos já estavam apagados. Ao entrar em contato com o Sindicato do Comércio, foi feita uma petição para o caso e dada a entrada no protocolo do município para pedir a sinalização. Mas, até o momento, nada foi feito. 

“Olha, eu já tô aqui há três anos. Já peguei o semáforo apagado. Dizem que desde a pandemia esse semáforo apagou e ninguém mais recorreu. É uma travessia, um cruzamento, são vários carros, entendeu? São vários motoqueiros passando aqui. Inclusive, essa semana teve um acidente aqui. Mas isso poderia ter sido evitado”, explica.

Cristiano, que trabalha por 12 horas no local, observa o movimento, principalmente, em dia de sábado, em que fica mais cheio do que o normal e também presenciou acidentes, como entre uma moto e um carro na última semana.

“Dia de sábado, então, aqui é um transtorno, de pedestre passando e carro quase passando por cima das pessoas. Então fica difícil, poxa. Se existisse uma educação desde as escolas ensinando as crianças que você deve parar no semáforo, observar, olhar, mas não é o que a gente vê o dia a dia aqui. É complexo. Já recorri a vereadores passando por aqui. Até fiscais mesmo da Postura já pediu para dar um auxílio, pedir para ver se colocariam, pelo menos acender o semáforo. Nem botar um novo não, recuperar esse daí. Mas nada foi feito, não há interesse (...) A preferência é de que venha da direita, mas muito motoqueiro, motorista não tem esse sentido, essa sabedoria, entendeu? Às vezes não passaram pela autoescola, aí vem um e passa pelo outro (...) Então cara, é complicado, eu acho que já passou da hora do prefeito, junto com os seus secretários aí, trabalhar e olhar melhor pra dentro do centro da cidade, que é a vida útil das pessoas. Não só pedestre, mas pessoas que vêm visitar, vêm de outros lugares na cidade, às vezes não tem nem conhecimento do perigo que está correndo aqui nessa esquina”, disse.

A Folha entrou em contato com a Prefeitura para saber se há previsão de colocar um semáforo novo ou consertar o antigo e aguarda resposta. (I.S.)