Saúde de Campos alerta para casos graves de chikungunya
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta a população para os cuidados com a chikungunya e sua prevenção. O pico do número de casos da doença no município foi em abril, com 266 notificações. Mas, enquanto o número de casos de dengue apresentou estabilidade, os de chikungunya tiveram um aumento significativo no último mês.
O diretor do Centro de Referência da Dengue (CRD), o médico Luiz José de Souza, falou sobre o aumento. "A diminuição dos casos de dengue se deve principalmente pelo fato de a população estar imune ao sorotipo 1, que está em circulação. Já a chikungunya tende a ser mais localizada, começando em bairros ou distritos antes de se espalhar”, destacou o médico.
De acordo com o diretor, a chikungunya também se destaca pela prolongada duração do período de viremia. Esse período prolongado significa que o vírus permanece no sangue por mais tempo, aumentando substancialmente as chances de transmissão pelo mosquito Aedes aegypti. "Enquanto a dengue apresenta um período de viremia mais curto, de quatro a cinco dias, o vírus da chikungunya pode permanecer de 10 a 12 dias no paciente", alerta.
Para se proteger da chikungunya, o uso de repelente é fundamental, especialmente durante a parte da manhã, quando os mosquitos costumam picar. A eliminação de criadouros de mosquitos também é fundamental. Cuidados com o lixo e objetos que possam acumular água parada são imprescindíveis para reduzir o risco de transmissão.
O médico destaca que é importante estar ciente dos sintomas da chikungunya, que podem diferir dos da dengue. “Enquanto ambas as doenças apresentam febre e dores no corpo, a chikungunya é caracterizada por inflamação e dores nas articulações”, explicou o diretor do CRD.
Luiz José também afirma que o tratamento da chikungunya pode ser desafiador, especialmente em casos crônicos, onde a doença pode agravar condições pré-existentes. “Principalmente em pacientes que já têm doenças reumáticas, artroses, pode agravar mais e abrir um quadro dessas doenças. Como exemplo, a insuficiência cardíaca e o hipotireoidismo. Por isso, recomenda-se enfaticamente uma hidratação adequada para ajudar no manejo dos sintomas e prevenir complicações”, afirma o médico.
O aposentado de 66 anos, Vanildo Gomes de Jesus, está com sintomas de chikungunya há quase um mês e disse que achou que não iria suportar a dor quando a doença se manifestou pela primeira vez. "Eu comecei a sentir os sintomas no dia 27 ou 28 de abril. Febre alta, dores intensas por todo o corpo, náuseas constantes, boca amarga. Cheguei ao Hospital Plantadores de Cana em estado crítico. As injeções e o soro me deram um pouco de alívio, mas tive recaídas. Mal conseguia me alimentar. A dor persiste, especialmente no tornozelo esquerdo. É uma batalha diária, me sinto exausto e limitado", disse Vanildo.
A moradora do Parque Guarus, Dalva Moreira, de 60 anos, foi atendida no CRD e, por conta dos sintomas apresentados, teve de ser encaminhada ao HPC. “Eu tive febre e mal conseguia me levantar, parecia que tinha toneladas de peso sobre o corpo. Meu filho precisava me ajudar a me erguer e, mesmo assim, a dor era insuportável. E isso aconteceu nos primeiros dias da doença. Já se passaram mais de 20 dias, quase um mês, mas infelizmente, alguns sintomas persistem, como as dores nas costas e por todo o corpo. Minha pele ficou com manchas vermelhas, ressecada, parecendo quase irreconhecível. No começo, a ideia de andar parecia impossível. Mas, agora, mesmo que um pouco, sinto um alívio”, relatou Dalva.
ARBOVIROSES - Dados acumulados entre a 1ª e 20ª Semana Epidemiológica de 2024, divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na última segunda-feira (20), somam 12.722 notificações para dengue e 606 para chikungunya. Deste total, dois óbitos em decorrência das arboviroses foram registrados desde fevereiro. Não há registro de zika.
O pico da chikungunya foi em abril com 266 notificações, seguida de março com 154 e maio com 72. Em fevereiro foram 67 e em janeiro 47. O Centro de Referência da Dengue, que é referência no diagnóstico e tratamento da doença, está localizado no Centro, na Avenida José Alves de Azevedo. O atendimento funciona das 7h às 19h, incluindo aos sábados.
O diretor do Centro de Referência da Dengue (CRD), o médico Luiz José de Souza, falou sobre o aumento. "A diminuição dos casos de dengue se deve principalmente pelo fato de a população estar imune ao sorotipo 1, que está em circulação. Já a chikungunya tende a ser mais localizada, começando em bairros ou distritos antes de se espalhar”, destacou o médico.
De acordo com o diretor, a chikungunya também se destaca pela prolongada duração do período de viremia. Esse período prolongado significa que o vírus permanece no sangue por mais tempo, aumentando substancialmente as chances de transmissão pelo mosquito Aedes aegypti. "Enquanto a dengue apresenta um período de viremia mais curto, de quatro a cinco dias, o vírus da chikungunya pode permanecer de 10 a 12 dias no paciente", alerta.
Para se proteger da chikungunya, o uso de repelente é fundamental, especialmente durante a parte da manhã, quando os mosquitos costumam picar. A eliminação de criadouros de mosquitos também é fundamental. Cuidados com o lixo e objetos que possam acumular água parada são imprescindíveis para reduzir o risco de transmissão.
O médico destaca que é importante estar ciente dos sintomas da chikungunya, que podem diferir dos da dengue. “Enquanto ambas as doenças apresentam febre e dores no corpo, a chikungunya é caracterizada por inflamação e dores nas articulações”, explicou o diretor do CRD.
Luiz José também afirma que o tratamento da chikungunya pode ser desafiador, especialmente em casos crônicos, onde a doença pode agravar condições pré-existentes. “Principalmente em pacientes que já têm doenças reumáticas, artroses, pode agravar mais e abrir um quadro dessas doenças. Como exemplo, a insuficiência cardíaca e o hipotireoidismo. Por isso, recomenda-se enfaticamente uma hidratação adequada para ajudar no manejo dos sintomas e prevenir complicações”, afirma o médico.
O aposentado de 66 anos, Vanildo Gomes de Jesus, está com sintomas de chikungunya há quase um mês e disse que achou que não iria suportar a dor quando a doença se manifestou pela primeira vez. "Eu comecei a sentir os sintomas no dia 27 ou 28 de abril. Febre alta, dores intensas por todo o corpo, náuseas constantes, boca amarga. Cheguei ao Hospital Plantadores de Cana em estado crítico. As injeções e o soro me deram um pouco de alívio, mas tive recaídas. Mal conseguia me alimentar. A dor persiste, especialmente no tornozelo esquerdo. É uma batalha diária, me sinto exausto e limitado", disse Vanildo.
A moradora do Parque Guarus, Dalva Moreira, de 60 anos, foi atendida no CRD e, por conta dos sintomas apresentados, teve de ser encaminhada ao HPC. “Eu tive febre e mal conseguia me levantar, parecia que tinha toneladas de peso sobre o corpo. Meu filho precisava me ajudar a me erguer e, mesmo assim, a dor era insuportável. E isso aconteceu nos primeiros dias da doença. Já se passaram mais de 20 dias, quase um mês, mas infelizmente, alguns sintomas persistem, como as dores nas costas e por todo o corpo. Minha pele ficou com manchas vermelhas, ressecada, parecendo quase irreconhecível. No começo, a ideia de andar parecia impossível. Mas, agora, mesmo que um pouco, sinto um alívio”, relatou Dalva.
ARBOVIROSES - Dados acumulados entre a 1ª e 20ª Semana Epidemiológica de 2024, divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na última segunda-feira (20), somam 12.722 notificações para dengue e 606 para chikungunya. Deste total, dois óbitos em decorrência das arboviroses foram registrados desde fevereiro. Não há registro de zika.
O pico da chikungunya foi em abril com 266 notificações, seguida de março com 154 e maio com 72. Em fevereiro foram 67 e em janeiro 47. O Centro de Referência da Dengue, que é referência no diagnóstico e tratamento da doença, está localizado no Centro, na Avenida José Alves de Azevedo. O atendimento funciona das 7h às 19h, incluindo aos sábados.
Fonte: Secom Campos