Menino dá bom exemplo ao recolher lixo no entorno de Lagoa de Cima
O ambientalista, Arthur Soffiati, apontou a importância da preservação do meio ambiente no ponto turístico de Campos.
“A lagoa de Cima fica na área geológica mais antiga da região. Trata-se da lagoa-símbolo de Campos. Foi visitada por várias pessoas ilustres e comparada a um lago suíço. É uma joia ecológica do município. Daí merecer atenção especial, sem esquecer da importância das demais lagoas. O primeiro passo para restaurar a integridade da lagoa é a sua limpeza. Ela se transformou num balneário descontrolado. O lixo é deixado por todos que a frequentam. Falta respeito dos frequentadores (o que chamaríamos de educação ambiental) e infraestrutura montada pela prefeitura. São dois aspectos facilmente constatados”, disse.
“Não se pode mais examinar um fenômeno climático - danoso ou não - pelo ângulo local. Ele deve sempre ser dimensionado num contexto global. Vivemos uma nova estrutura climática com o aquecimento atmosférico global. Ele causa oscilações climáticas variáveis, desde reduzidas a excessivas. O incêndio no morro do Itaoca foi uma manifestação em pequena escala desse novo clima. Ele pôde ser controlado, embora ressecando mais ainda o ambiente e provavelmente espantando e matando exemplares da fauna nativa. Por outro lado, as enchentes no Rio Grande do Sul, Kênia, Afeganistão e Indonésia mostram a outra face do novo clima: o excesso de água de chuva”, finalizou.
Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra um menino limpando o entorno da Lagoa de Cima, em Campos. Na imagem, o garoto bom exemplo retira o lixo deixado por pessoas próximo as águas. O que aparece no vídeo são diversos tipos de lixo no local, ele mostrou alguns deles, que poluem o meio ambiente. Já um incêndio foi registrado nas proximidades do Morro do Itaoca nesta semana.
O ambientalista, Arthur Soffiati, apontou a importância da preservação do meio ambiente no ponto turístico de Campos.
“A lagoa de Cima fica na área geológica mais antiga da região. Trata-se da lagoa-símbolo de Campos. Foi visitada por várias pessoas ilustres e comparada a um lago suíço. É uma joia ecológica do município. Daí merecer atenção especial, sem esquecer da importância das demais lagoas. O primeiro passo para restaurar a integridade da lagoa é a sua limpeza. Ela se transformou num balneário descontrolado. O lixo é deixado por todos que a frequentam. Falta respeito dos frequentadores (o que chamaríamos de educação ambiental) e infraestrutura montada pela prefeitura. São dois aspectos facilmente constatados”, disse.
Em um outro trecho da conversa, Soffiati mostrou que o problema tem solução, quando trata-se da degradação do meio ambiente, no momento, em que despejar lixos em locais inapropriados resulta em impactos ao meio ambiente.
“Os relatos deixados sobre a lagoa de Cima já no século 18 e 19 descrevem um ambiente cercado de florestas e frequentado por antas e veados. Fotos de 1918 mostram já uma lagoa capturada pela agropecuária. Hoje, domina-a um turismo desordenado. Existem planos de vereadores para transformarem a lagoa num verdadeiro ponto de consumismo, o que aumentaria a destruição. Basta uma visita ao local para constatar lixo em suas margens”, explicou.
O ambientalista ainda comentou sobre as espécies que são atingidas pela poluição e o que a população deve fazer para preservar a lagoa, já que é um ponto de lazer e turismo da cidade.
“Hoje, existem poucas espécies animais nativas a frequentarem a lagoa. A maioria foi afugentada ou morta. Mas, com frequência, encontramos pessoas dando banho em seus cavalos na lagoa.
A lagoa está protegida por uma Área de Proteção Ambiental da prefeitura de Campos, por lei, desde 1992, mas sua situação se degrada visivelmente. O primeiro passo deve ser dado pelo poder público, tanto instituindo a Área de Proteção quanto implementado um programa de educação ambiental e intensificando a fiscalização. Acho difícil a própria população agir por conta própria porque vivemos numa cultura de consumismo. Todos querem consumir a beleza da lagoa, mesmo contribuindo para sua degradação”, ressaltou Soffiati.
E um incêndio de grandes proporções foi registrado em uma área de vegetação na estrada que dá acesso ao Morro do Itaoca, na tarde da última terça-feira (14), na localidade de Ibitioca, em Campos. Não houve feridos, mas, de acordo com testemunhas, o incêndio teria sido criminoso. Uma pessoa teria passado pelo local e colocou fogo de propósito na vegetação e, em seguida, fugiu. Ainda não se sabe a causa do incêndio. As chamas foram controladas pelo Corpo De Bombeiros, que não informou o tamanho da área atingida. Soffiati também comentou sobre o fato, ligando a tragédia no RS e em outros lugares do mundo, pela falta de preservação.
A lagoa está protegida por uma Área de Proteção Ambiental da prefeitura de Campos, por lei, desde 1992, mas sua situação se degrada visivelmente. O primeiro passo deve ser dado pelo poder público, tanto instituindo a Área de Proteção quanto implementado um programa de educação ambiental e intensificando a fiscalização. Acho difícil a própria população agir por conta própria porque vivemos numa cultura de consumismo. Todos querem consumir a beleza da lagoa, mesmo contribuindo para sua degradação”, ressaltou Soffiati.
E um incêndio de grandes proporções foi registrado em uma área de vegetação na estrada que dá acesso ao Morro do Itaoca, na tarde da última terça-feira (14), na localidade de Ibitioca, em Campos. Não houve feridos, mas, de acordo com testemunhas, o incêndio teria sido criminoso. Uma pessoa teria passado pelo local e colocou fogo de propósito na vegetação e, em seguida, fugiu. Ainda não se sabe a causa do incêndio. As chamas foram controladas pelo Corpo De Bombeiros, que não informou o tamanho da área atingida. Soffiati também comentou sobre o fato, ligando a tragédia no RS e em outros lugares do mundo, pela falta de preservação.
“Não se pode mais examinar um fenômeno climático - danoso ou não - pelo ângulo local. Ele deve sempre ser dimensionado num contexto global. Vivemos uma nova estrutura climática com o aquecimento atmosférico global. Ele causa oscilações climáticas variáveis, desde reduzidas a excessivas. O incêndio no morro do Itaoca foi uma manifestação em pequena escala desse novo clima. Ele pôde ser controlado, embora ressecando mais ainda o ambiente e provavelmente espantando e matando exemplares da fauna nativa. Por outro lado, as enchentes no Rio Grande do Sul, Kênia, Afeganistão e Indonésia mostram a outra face do novo clima: o excesso de água de chuva”, finalizou.
Após o incêndio, a Prefeitura de Campos informou que realizou um levantamento da área de preservação Ambiental e não houve prejuízo significativo da fauna e flora. (R.K.) (C.P.) (I.S)