População de locais atingidos pelas fortes chuvas de março tenta se reerguer
No caso de Campos, a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social informa que todas as famílias retornaram para suas casas e algumas foram encaminhadas para o aluguel social a partir do laudo da Defesa Civil e o parecer social. Nesta semana, a população está contando com um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Volante. O atendimento ocorre no prédio da antiga Estação Ferroviária do distrito, segundo informou a Prefeitura.
No Estado do Rio - Oito pessoas morreram em decorrência das chuvas que atingem o Rio de Janeiro, segundo a Defesa Civil do Estado. Seis delas foram na Região Serrana do estado, uma das mais atingidas entre os dias 22 e 24 de março, sendo quatro em Petrópolis e duas em Teresópolis. As outras mortes aconteceram em Arraial do Cabo e em Duque de Caxias.
Relatos - Duas mimosenses, que residem em Campos, mas têm famílias em Mimoso do Sul contam o quão doloroso foi a força das águas do rio Muqui do Sul. "Nunca imaginei ver minha cidade da forma que ela ficou. A sensação que eu tive ao chegar lá foi que a catástrofe foi muito maior do que eu podia ter imaginado, assistindo pela tevê ou vídeos. Tudo que eu via parecia um filme, como se um tsunami tivesse passado pela cidade. Muitas casas foram destruídas parcialmente ou totalmente. Carros empilhados, arrastados pela correnteza, muita lama e depois veio a limpeza desses imóveis pelas prefeituras que se uniram", relata a jornalista Dorlany Del´Esposti, de Mimoso do Sul (ES), que perdeu neste dia um tio para as forças das águas. Na casa dos seus pais, a água chegou a 1,60 cm.
- Tivemos uma perda sentimental também, por causa do meu tio, que infelizmente morreu junto com a cuidadora. Chegaram a tentar tirá-los de casa por duas vezes e não conseguiram e, infelizmente, teve essa fatalidade na nossa família.
Neste pós-enchente, o que esperar do futuro? "O que preocupa neste momento é a questão da economia. Muitos estabelecimentos comerciais foram afetados. A gente espera que Mimoso possa se reerguer. É só isso que a gente espera e a gente tem esperança disso", responde emocionada Dorlany. A preocupação e o desejo dela são compartilhados por milhares que passaram pela situação no Espírito Santo ou no Estado do Rio.
Há pouco mais de 15 dias, a população do distrito de Santo Eduardo, em Campos, e de municípios do Sul do Espírito Santo viveu dias de caos com as fortes chuvas. No momento, à medida que o sol esquenta, a água escorre e a lama seca, às famílias buscam se reerguer. Não foram só perdas materiais. No Espírito Santo, 20 pessoas morreram e 11,3 mil ficam sem casas, em 13 municípios. Em Santo Eduardo, a destruição provocada pela enchente deixou, no pior momento, 513 famílias atingidas, dessas, 237 ficaram desalojadas e 70 desabrigadas. A tromba d’água atingiu cerca de 90% das casas.
No caso de Campos, a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social informa que todas as famílias retornaram para suas casas e algumas foram encaminhadas para o aluguel social a partir do laudo da Defesa Civil e o parecer social. Nesta semana, a população está contando com um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Volante. O atendimento ocorre no prédio da antiga Estação Ferroviária do distrito, segundo informou a Prefeitura.
No Estado do Rio - Oito pessoas morreram em decorrência das chuvas que atingem o Rio de Janeiro, segundo a Defesa Civil do Estado. Seis delas foram na Região Serrana do estado, uma das mais atingidas entre os dias 22 e 24 de março, sendo quatro em Petrópolis e duas em Teresópolis. As outras mortes aconteceram em Arraial do Cabo e em Duque de Caxias.
Relatos - Duas mimosenses, que residem em Campos, mas têm famílias em Mimoso do Sul contam o quão doloroso foi a força das águas do rio Muqui do Sul. "Nunca imaginei ver minha cidade da forma que ela ficou. A sensação que eu tive ao chegar lá foi que a catástrofe foi muito maior do que eu podia ter imaginado, assistindo pela tevê ou vídeos. Tudo que eu via parecia um filme, como se um tsunami tivesse passado pela cidade. Muitas casas foram destruídas parcialmente ou totalmente. Carros empilhados, arrastados pela correnteza, muita lama e depois veio a limpeza desses imóveis pelas prefeituras que se uniram", relata a jornalista Dorlany Del´Esposti, de Mimoso do Sul (ES), que perdeu neste dia um tio para as forças das águas. Na casa dos seus pais, a água chegou a 1,60 cm.
- Tivemos uma perda sentimental também, por causa do meu tio, que infelizmente morreu junto com a cuidadora. Chegaram a tentar tirá-los de casa por duas vezes e não conseguiram e, infelizmente, teve essa fatalidade na nossa família.
Neste pós-enchente, o que esperar do futuro? "O que preocupa neste momento é a questão da economia. Muitos estabelecimentos comerciais foram afetados. A gente espera que Mimoso possa se reerguer. É só isso que a gente espera e a gente tem esperança disso", responde emocionada Dorlany. A preocupação e o desejo dela são compartilhados por milhares que passaram pela situação no Espírito Santo ou no Estado do Rio.
A gerente administrativa na secretaria de Comunicação Social de Campos, Daniela Vivas, acompanhou as coberturas jornalísticas em Santo Eduardo, mas de coração apertado. A casa dos seus pais em Mimoso, na mesma ocasião, ficou 100% submersa pelas águas do Rio Muqui do Sul e seus afluentes. "Perdemos todos os bens materiais. No meio de toda essa calamidade, só uma coisa não será esquecida: a única coisa que ficou intacta, sem sair do lugar, na minha casa, foi o altarzinho com os santos da minha mãe", conta Daniela.