Ex-agentes de endemias de Campos esperavam processo seletivo e só depois o chamamento do Exército
Dora Paula Paes - Atualizado em 02/04/2024 20:09
 
Divulgação
Ex-agentes de endemias de Campos foram até ao Ministério Público, nesta terça-feira (2), para protocolar uma denúncia de que o município não cumpriu acordo de realizar processo seletivo simplificado para contratar profissionais preparados para o combate ao mosquito transmissor da dengue. Inicialmente, chegou a ser anunciado a necessidade de contratar de forma emergencial 362 guardas, enquanto isso, na Justiça, 237 ex-agentes lutam para voltar ao front. Porém, nesta terça, o governo municipal anunciou parceria com o Exército para ajudar no combate durante o período da epidemia, quando quase 7 mil casos da doença já foram confirmados.
"Na primeira reunião do Gabinete de Crise, foi acordado uma coisa e, agora, essa decisão de chamar o Exército. No mínimo, seriam necessários dois meses para treinar esses militares. É um risco muito grande para a população nesse pico da epidemia", disse uma ex-agente que esteve nesta tarde no Ministério Público.

O grupo foi lembrar ao Ministério Público o que ficou acordado na reunião, que seria a realização de um processo seletivo simplificado, mas, agora, segundo os ex-agentes, a Prefeitura quebra esse acordo ao chamar o Exército.

Ainda na segunda-feira (1), saiu uma decisão, do juiz Eron Simas, reconhecendo a ação civil pública do grupo de ex- agentes de combate à endemias, que fizeram o processo seletivo em 2002 e foram dispensados ao longo dos últimos anos. A sentença ainda não foi divulgada. Na decisão, o juiz ainda reconhece que Campos não tem um plano de contingência de arbovirose.
A Folha encaminhou demanda à Prefeitura. 

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