O caso da morte de um morador de rua, no Corredor da Vitória, bairro nobre de Salvador (BA), ganhou os noticiários. São quatro suspeitos do crime; um deles, é um flautista de Campos e integrante da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). O homem morreu após ser espancado na madrugada de sábado (23). Segundo a Polícia Civil, quatro homens foram presos em flagrante. Eles teriam reagido a um assalto e espancado o suspeito até a morte.

No momento do crime, a vítima estava sem documentos de identificação. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com apuração do g1, os nomes dos suspeitos presos são: os músicos da Osba Lincoln Sena (natural de Campos) e Laércio Souza, além do namorado do Lincoln, Marcelo da Cunha, e um morador da região, Sérgio Ricardo Souza Menezes.

Em nota encaminhada à Folha da Manhã, a Associação Amigos do Teatro Castro Alves, gestora da Orquestra Sinfônica da Bahia, informou que todos estão consternados com os acontecimentos, que envolvem os dois integrantes da Orquestra. "Antes de qualquer pronunciamento, manifestamos nosso grande pesar por esta vida perdida", diz trecho da nota. A assessoria da Osba foi quem confirmou que um dos integrantes da orquestra, envolvido, é natural de Campos.

"Nesse momento, entendemos que é necessário aguardar o desdobramento das investigações pelas autoridades competentes", informa em outro trecho da nota, destacando ainda que os contratos dos dois músicos, presos preventivamente, estão suspensos.

De acordo com a TV Bahia, o advogado dos jovens, Vinicius Dantas, disse que seus clientes imobilizaram o homem. "Esse rapaz tentou assaltar os meus clientes, agrediu os meus clientes, que reagiram, imobilizaram, ligaram para o 190, chamaram a polícia, esperaram a polícia chegar no local. No momento, eles soltaram o rapaz pra polícia imobilizar, ele ainda estava com vida, mas antes da polícia encostar nele, ele veio a falecer".

O advogado Danilo Silva, defensor de Sérgio, contou que o morador da região que se envolveu no caso ao passar pelo local, disse que seu cliente apenas tentou apartar a briga e também ligou para o 190. Ele teria dito: "tentei dar socorro aqui, mas parece que ele foi apagado", relatou Silva.