Mulher que era mantida em cárcere privado pelo companheiro é libertada pela Deam Campos
De acordo com a delegada titular da Deam, Madeleine Dykeman, a mulher foi resgatada com ferimentos na cabeça e também nos braços. Ela ainda teve as sobrancelhas e os cabelos raspados pelo companheiro. O casal tinha três filhos. Dois deles estavam no momento do resgate.
Uma mulher de 25 anos que era mantida em cárcere privado pelo próprio companheiro, de 27 anos foi libertada por policiais civis da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) Campos, na noite desta quinta-feira (7), véspera do Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8). A ação aconteceu no bairro Novo Horizonte, em Guarus. O homem foi preso e autuado por cárcere privado e tortura. Os dois possuem três filhos, entre 3 e 8 anos, que também eram mantidos presos na casa. No momento da prisão, apenas duas crianças estavam na residência.
De acordo com a delegada titular da Deam, Madeleine Dykeman, a mulher foi resgatada com ferimentos na cabeça e também nos braços. Ela ainda teve as sobrancelhas e os cabelos raspados pelo companheiro. O casal tinha três filhos. Dois deles estavam no momento do resgate.
Na manhã desta sexta-feira, os agentes da delegacia continuam em diligências na residência em que as agressões e o confinamento aconteceram. No local, a polícia encontrou as portas da casa sem as maçanetas, que foram retiradas para que a mulher não conseguisse fugir. As janelas estavam trancadas com cadeado e cobertas por lençóis para que a vítima não pedisse ajuda. Móveis também eram colocados atrás das portas e das janelas.
"A gente percebe que todas as portas estão sem maçaneta. Todas as vezes que ele saía, segundo declarações da vítima, ele retirava a maçaneta de modo que ela não pudesse abrir", explicou.
Na casa, a máquina usada para cortar os cabelos e as sobrancelhas da mulher também foi encontrada pelos policiais.
Delegada dá mais detalhes do crime em coletiva de imprensa
Durante uma coletiva de imprensa concedida nesta manhã, a delegada classificou o caso como bárbaro e desumano. “Era um caso de uma mulher em cárcere privado, submetida a intensa tortura de punho emocional, psicológico e físico”, contou Madeleine.
A delegada informou que após a denúncia anônima, os policiais foram até o endereço, chamaram, porém ninguém atendeu. Eles então decidiram pular o muro quando notaram que as luzes estavam acesas.
Na casa estavam o homem, a vítima e dois dos três filhos do casal. “ No primeiro momento ela negou o fato, mas após nossa policial levá-la para um dos quartos e conversar com ela, a vítima confirmou que havia sido agredida, inclusive tirando um chapéu que usava e mostrando um ferimento na cabeça causado por uma paulada”, contou Madeleine.
Ela foi levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde os médicos encontraram ainda uma lesão na costela da mulher, causada por chutes dados pelo companheiro.
“Eles se relacionavam há 10 anos. Há 8 anos ele passou a agredi-la. O motivo seria ciúmes. Em 2016, como forma de humilhá-la, ele cortou o cabelo dela, que era algo que ela gostava muito. Depois disso eles passaram um período, segundo ela, sem grandes discussões, até que há dois meses ele começou a ter muita crise, cortando o cabelo novamente e a agredindo”, contou.
A delegada informou que após a denúncia anônima, os policiais foram até o endereço, chamaram, porém ninguém atendeu. Eles então decidiram pular o muro quando notaram que as luzes estavam acesas.
Na casa estavam o homem, a vítima e dois dos três filhos do casal. “ No primeiro momento ela negou o fato, mas após nossa policial levá-la para um dos quartos e conversar com ela, a vítima confirmou que havia sido agredida, inclusive tirando um chapéu que usava e mostrando um ferimento na cabeça causado por uma paulada”, contou Madeleine.
Ela foi levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde os médicos encontraram ainda uma lesão na costela da mulher, causada por chutes dados pelo companheiro.
“Eles se relacionavam há 10 anos. Há 8 anos ele passou a agredi-la. O motivo seria ciúmes. Em 2016, como forma de humilhá-la, ele cortou o cabelo dela, que era algo que ela gostava muito. Depois disso eles passaram um período, segundo ela, sem grandes discussões, até que há dois meses ele começou a ter muita crise, cortando o cabelo novamente e a agredindo”, contou.
Nos últimos 15 dias, ela foi confinada junto com os filhos na casa. “ Ela não tinha acesso a luz do sol e ar puro. As janelas estavam trancadas com cadeados e escoradas com madeira. Além disso, ele colocava concreto no miolo da chave para evitar que ela saísse, além de tirar as maçanetas”, destacou a delegada.
O homem possui passagens por latrocínio, tentativa de homicídio e roubo. Ele foi preso em flagrante e autuado por tortura qualificada e cárcere privado qualificado em relação a mulher e os filhos. “ Somadas, essas penas podem variar de 16 a 36 anos”, destacou a delegada.
A delegada da Deam Campos enfatizou que as mulheres precisam buscar ajuda e que a população deve denunciar. “ Queria dizer que felizmente essa mulher foi salva, com certeza ela seria morta e também dar o alerta para as mulheres, dizendo que não se cale. Denuncie. Vocês precisam saber que não merecem passar por isso e que existem pessoas e instrumentos capazes de tirá-la dessa situação”, concluiu.
O homem possui passagens por latrocínio, tentativa de homicídio e roubo. Ele foi preso em flagrante e autuado por tortura qualificada e cárcere privado qualificado em relação a mulher e os filhos. “ Somadas, essas penas podem variar de 16 a 36 anos”, destacou a delegada.
A delegada da Deam Campos enfatizou que as mulheres precisam buscar ajuda e que a população deve denunciar. “ Queria dizer que felizmente essa mulher foi salva, com certeza ela seria morta e também dar o alerta para as mulheres, dizendo que não se cale. Denuncie. Vocês precisam saber que não merecem passar por isso e que existem pessoas e instrumentos capazes de tirá-la dessa situação”, concluiu.