Dengue sobrecarrega rede particular de hospitais em Campos
Assim como nas unidades públicas de saúde de Campos, a epidemia de Dengue em Campos também está sobrecarregando a rede particular de hospitais. A urgência e emergência da Unimed Campos, por exemplo, registrou um aumento de 65% nas consultas no Pronto Atendimento, com cerca de 115 atendimentos por dia. O motivo dessa alta demanda está relacionado ao aumento de casos na cidade, de acordo com um comunicado publicado pelo hospital nas redes sociais. Em último dado divulgado pelo município, Campos tem 2.358 notificações para dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico.
A Unimed Campos orienta para que seus pacientes só procurem o Hospital em casos de necessidade e devem estar atentos para alguns sinais de alerta para procurar o atendimento emergencial, como: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda de pressão arterial, sangramento de mucosa, irritabilidade e adinamia ou sonolência. A orientação também é para que as pessoas se hidratem, usem repelentes e evitem deixar águas paradas. “Em caso suspeito, a hidratação oral é muito importante”, destacou a Unimed.
Na unidade, quem estava aguardando atendimento era a recepcionista Lilian Alves, de 29 anos, moradora do Parque Esplanada. Ela contou que está com sintomas da dengue há quatro dias, como febre, dor no corpo e dor de cabeça. “Soube que no meu bairro a incidência é alta e resolvi buscar atendimento. Estive aqui ontem, mas estava lotado, então vim hoje. Estou aguardando o resultado para iniciar o tratamento”, disse a recepcionista.
Acompanhada do filho Hugo Gomes, a dona de casa Elizabeth Gomes, de 51 anos, que é moradora do Parque Aurora, também esteve na unidade para buscar atendimento com sintomas da doença. “Eu pedi para que ele me trouxesse hoje, porque estou desde a última terça com muita dor de cabeça, febre, dor atrás dos olhos e manchas o corpo. Como eu esperava, o resultado deu positivo. Agora é me cuidar mais”, contou a dona de casa.
Na unidade, quem estava aguardando atendimento era a recepcionista Lilian Alves, de 29 anos, moradora do Parque Esplanada. Ela contou que está com sintomas da dengue há quatro dias, como febre, dor no corpo e dor de cabeça. “Soube que no meu bairro a incidência é alta e resolvi buscar atendimento. Estive aqui ontem, mas estava lotado, então vim hoje. Estou aguardando o resultado para iniciar o tratamento”, disse a recepcionista.
Acompanhada do filho Hugo Gomes, a dona de casa Elizabeth Gomes, de 51 anos, que é moradora do Parque Aurora, também esteve na unidade para buscar atendimento com sintomas da doença. “Eu pedi para que ele me trouxesse hoje, porque estou desde a última terça com muita dor de cabeça, febre, dor atrás dos olhos e manchas o corpo. Como eu esperava, o resultado deu positivo. Agora é me cuidar mais”, contou a dona de casa.
Já no Hospital Doutor Beda, nesta manhã de quinta-feira (7), o movimento estava tranquilo, mas de acordo com a estudante de enfermagem Bianca Lima, de 23 anos, que é moradora do IPS, a unidade tem ficado lotada.
— Meu irmão veio aqui ontem e chegou em casa reclamando que estava muito cheio. Hoje eu vim, mas agora que diminuiu o movimento, porque umas 7h30 estava lotado. Eu e ele estamos com dengue e viemos buscar outros exames. Pior é que está todo mundo junto na entrada e tem casos de Covid voltando também, né?! É perigosa essa aglomeração — explicou a jovem.
O infectologista Nélio Artiles explicou que vários municípios estão passando pela epidemia de dengue e a rede privada não foge à regra.
— A rede pública precisa se estruturar para atender a população. Assim também deve acontecer com a medicina privada. Então as clínicas e os planos de saúde que atendem os hospitais relacionados a parte privada têm que se estruturar também porque esse aumento vai acontecer e vai acabar causando uma dificuldade tremenda de atendimento. É muito importante que a rede privada faça capacitações dos seus profissionais, dos seus médicos, pois temos muitos médicos jovens que não vivenciaram as epidemias passadas e não possuem a experiência do atendimento a dengue — disse o infectologista.
Doutor Nélio enfatizou que as pessoas que não conseguirem com rapidez um atendimento médico não devem deixar de se hidratar, medida classificada como fundamental para evitar o agravamento da doença.
— Ao primeiro sinal de dengue, a pessoa deve começar a tomar mais líquido, que é muito importante para prevenir o agravamento. Se estiver difícil para ser atendido, o mais importante é tomar uma quantidade maior de líquido e evitar a automedicação, que pode ser perigosa e agravar a doença — contou.
A Folha entrou em contato com o Doutor Beda para saber como o hospital está sendo impactado com o aumento de casos de dengue, mas ainda aguarda a resposta.