Escombros e ameaça em prédios na área central de Campos
Éder Souza 28/02/2024 09:43 - Atualizado em 28/02/2024 10:49
  • Prédios deteriorados preocupam (Fotos: Rodrigo Silveira)

    Prédios deteriorados preocupam (Fotos: Rodrigo Silveira)

  • Prédios deteriorados preocupam (Fotos: Rodrigo Silveira)

    Prédios deteriorados preocupam (Fotos: Rodrigo Silveira)

  • Prédios deteriorados preocupam (Fotos: Rodrigo Silveira)

    Prédios deteriorados preocupam (Fotos: Rodrigo Silveira)

A demolição do Hotel Flávio, no Centro de Campos, após mais de um ano depois do prédio pegar fogo, levantou a preocupação sobre a situação de outros imóveis que estão no mesmo estado de decadência. Um mês antes, em janeiro, a fachada do imóvel que por anos abrigou a antiga Empresa Municipal de Trânsito (Emut), na rua Marechal Deodoro, esquina com rua Saldanha Marinho, caiu. Um dia após o incidente, o imóvel foi demolido pelo município. Outro imóvel que preocupa fica na esquina da Barão de Miracema com a Tenente Coronel Cardoso.
Antes da queda, em maio de 2023, o imóvel que pertencia à Prefeitura de Campos chegou a ser cedido por 20 anos ao Lions Clube de Campos, após projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores.
O risco de desabamento do antigo casarão já foi alertado em publicações da Folha. De acordo com o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos, Genilson Soares, que também ocupa uma cadeira no Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (Coppam), vários pedidos foram feitos ao município para a conservação e manutenção do imóvel.
“Foi pedido que a prefeitura fizesse a manutenção e retirasse aquelas árvores da fachada (do prédio da antiga Emut), mas isso não foi feito. O imóvel foi abandonado. É um imóvel que nos pertence, como cidadãos, que pagamos nossos impostos, mas o imóvel ruiu. Encabeçado pelo Instituto Histórico e mais nove instituições, nós fizemos uma denúncia no Ministério Público. Já foi protocolado essa denúncia à Promotoria de Tutela Coletiva, denunciando o abandono e a ruína, e depois a demolição pela prefeitura”, disse.
Ainda na região central, a insegurança pode ser vista na esquina da Tenente Coronel Cardoso (antiga Formosa) com a Barão de Miracema), na extensão do prédio da antiga padaria Minerva. O imóvel, que já perdeu o telhado, possui apenas as paredes em pé; uma parte escorada. Segundo Genilson Soares, o prédio não é tombado, mas está localizado na região de Áreas de Especial Interesse Cultural (AEIC), portanto é tutelado. “De acordo com a lei, os proprietários podem fazer a atualização interna, mas têm que manter a fachada”, explicou.

Demolição do Hotel Flávio ainda não foi concluída
Depois de 15 dias, a demolição do Hotel Flávio, que foi iniciada no dia 12 de fevereiro, ainda não foi concluída. De acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Civil, o processo está na fase manual, com a retirada de bloco por bloco, como medida preventiva para não afetar a parede geminada do prédio residencial situado à direita dos escombros.

“Já foi feita avaliação que evidenciou ser possível, nos próximos dias, avançar com a demolição com uso de máquina retroescavadeira. Isso será possível quando a parede geminada estiver num nível mais baixo. A remoção dos escombros somente será possível ao final da demolição de mais uma parede, uma vez que os escombros das paredes que ruíram vão ser usados como plataforma para elevar a máquina que vai trabalhar no local”, explicou a Defesa Civil através de nota.

Os custos da demolição, que ainda não foram definidos, serão colocados na dívida ativa através do IPTU do imóvel. Segundo o município, o ônus aos caberão proprietários do imóvel na forma prevista em legislação própria.

Interdição no trecho da Carlos de Lacerda deve durar mais 15 dias
Quanto ao trânsito, o pequeno trecho interditado da rua Carlos de Lacerda permanecerá com desvio por meio da avenida 7 de Setembro e rua dos Andradas, com acesso às ruas 21 de Abril e avenida Rui Barbosa (Beira Rio). Em relação ao tempo de interdição, há nova previsão de cerca de 15 dias. Mesmo com essa nova data, por se tratar de demolição em altura, o prazo poderá sofrer alteração.

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