Os trabalhos de demolição do prédio do antigo Hotel Flávio serão retomados nesta quinta-feira (15) pela prefeitura de Campos. Nesta etapa, o serviço será realizado de forma manual com a retirada dos blocos do lado direito da edificação. Na ocasião haverá uma avaliação nas paredes nos fundos do prédio. A demolição com máquinas teve início na segunda-feira de Carnaval, com a realização de 85% do processo concluído.

O subsecretário de Obras e Infraestrutura, José Fernando Moço, relatou que serão colocados andaimes para a retirada dos blocos. “Será um serviço manual devido à proximidade da edificação vizinha. Os blocos vão ser retirados um a um, manualmente. Também será feita uma avaliação nas outras paredes nos fundos do prédio, para ver qual tipo de demolição será aplicada, manual ou mecânica”, explicou.

Os laudos da Defesa Civil e da Secretaria de Obras embasaram a decisão técnica de demolição. Há mais de 6 meses, a Prefeitura busca mediar uma solução amigável junto aos proprietários, sem sucesso. O custo para a demolição será colocado em dívida ativa, em nome dos proprietários do imóvel, como prevê a lei.

O secretário de Defesa Civil, Alcemir Pascoutto, explica que, anterior ao incêndio ocorrido no Hotel Flávio, em 2012 houve um desabamento interno, se juntando ao resto de material considerado de fácil combustão. Ainda nesse período, houve ocupação por parte de moradores de rua que, num dado momento, colocaram fogo nesse material, causando uma fragilidade grande na estrutura das paredes que receberam uma temperatura muito elevada.

Pela análise da comissão técnica, formada pelas secretarias de Obras, com seus engenheiros, com a Secretaria de Defesa Civil que trabalha a questão de risco, Secretaria de Serviços Públicos e o próprio Coppam, a possibilidade de desabamento da estrutura era eminente, principalmente, com a proximidade do período de chuvas constantes e ventos fortes.

Posição - A Carjopa, entidade que representa os comerciantes do Centro da cidade, chegou a divulgar em suas redes um agradecimento ao prefeito Wladimir Garotinho por ter autorizado a execução do trabalho de demolição do prédio, um dos patrimônios históricos da cidade, mas que nos últimos anos, após incêndio ficou destruído após abandono e teve sua estrutura abalada.