Hospital Escola Álvaro Alvim volta a realizar captação de órgãos
No último dia 6 de dezembro, o Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA) conduziu um procedimento de captação de órgãos. Um fígado e córneas foram retirados de uma mulher de 53 anos, que foi declarada com morte encefálica. A cirurgia foi conduzida por uma equipe de cirurgiões do RJ Transplantes, um programa vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) e contou com o apoio de médicos anestesistas, um médico residente de cirurgia geral, além de enfermeiros e técnicos do HEAA.
Os órgãos foram encaminhados à CET para distribuição entre as instituições transplantadoras do estado, seguindo a Lista Estadual de Receptores. Esse procedimento não era realizado no Álvaro Alvim há aproximadamente 10 anos, porém, a expectativa é que sua frequência aumente, alinhada à demanda por procedimentos de alta complexidade que podem levar à morte encefálica.
Para a realização da captação de órgãos, é necessário seguir um protocolo de três etapas. Primeiramente, identificar o paciente com possível morte encefálica; em seguida, realizar exames clínicos e complementares para confirmar essa condição; por fim, abordar a família em busca de conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos. Um único doador pode salvar 8 pessoas e beneficiar cerca de 50 outras com tecidos, diminuindo a lista de espera para transplantes.
De acordo com o Dr. Luiz Eduardo Castro, Coordenador da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes/CIHDOTT do HFM e HEAA, e membro da CET-RJ, o hospital está devidamente equipado e seus profissionais capacitados para realizar tanto a captação de órgãos quanto os transplantes. “Estamos aguardando a autorização do SNT/MS para retomar essa prática, que já foi muito intensa no hospital, realizando diversas captações, principalmente de córneas e rins, até o ano de 2012. É crucial ressaltar que, segundo a legislação brasileira, a doação não é realizada sem autorização da família. Por isso, informar e educar a população, assim como treinar as equipes de saúde, são medidas essenciais para salvar vidas por meio dos transplantes”, enfatizou o Dr. Castro.
Para a Diretora-Técnica do HEAA, Dra Linelly Morellato, este gesto pode restaurar a saúde, a esperança e a qualidade de vida de muitas pessoas. “O Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos de tecidos e de células do mundo. Estamos muito felizes de fazer parte disso", afirmou Dra Linelly.
Fonte: Ascom