Educação Infantil de Campos passa por mudanças para ingresso nas creches em 2024
A questão do acesso à creche na rede pública municipal vem sendo acompanhada pelo Ministério Público, por meio de Ação judicial proposta pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude (PJTCIJ), na qual foi homologado um acordo judicial em que o poder público municipal se comprometeu a atender a todos os alunos em sua rede, independente da faixa etária.
De acordo com o MP, ao tomar conhecimento de ajustes na organização da rede pública municipal para o ano letivo de 2024, que envolvem diferentes formas de agrupamento etário de alunos e critérios preferenciais de matrícula por faixa etária, foi realizada reunião pela Promotoria com a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, no último dia 22.
Ainda, em nota, a promotoria informou que o secretário Marcelo Feres explicou que o novo planejamento, envolvendo a revisão da matriz curricular da educação infantil e de critérios etários para as matrículas do próximo ano letivo, resultou de estudo técnico, no qual foi verificada a necessidade de adequação da nomenclatura dos períodos definidores do agrupamento das crianças recebidas nas creches, passando a ser adotada a orientação do Conselho Nacional de Educação.
A partir de 2024, o município de Campos terá uma Nova Matriz Curricular para Educação Infantil. A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) informou que as mudanças seguem as diretrizes do Conselho Nacional de Educação e visam atender mais e melhor todas as crianças que buscam o atendimento nas creches. Os pais devem ficar atentos: a Seduct passará a atender, prioritariamente, crianças com 7 meses concluídos até 31 de dezembro, ou seja, 10 meses até 31 de março (idade de corte). O Ministério Público Estadual (MPE) também acompanha esse processo de mudança por meio de uma ação judicial proposta pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude. Nesta quinta-feira (30), inclusive, será realizada uma audiência.
O secretário da pasta, Marcelo Feres, explica que as alterações estão em consonância com as legislações educacionais em vigor, e consideram a segurança de saúde das crianças, principalmente. A medida visa, ainda, ampliar o atendimento da Educação Infantil e está associada ao programa de expansão da rede municipal, que prevê a ampliação de, pelo menos, 19 creches, onde há maior demanda por vagas.
O secretário da pasta, Marcelo Feres, explica que as alterações estão em consonância com as legislações educacionais em vigor, e consideram a segurança de saúde das crianças, principalmente. A medida visa, ainda, ampliar o atendimento da Educação Infantil e está associada ao programa de expansão da rede municipal, que prevê a ampliação de, pelo menos, 19 creches, onde há maior demanda por vagas.
"Diversas cidades do estado já seguem essas indicações, como, por exemplo, o município vizinho de Macaé, que oferece vagas para crianças a partir de dois anos de idade”, informou.
O histórico da Educação Infantil do município, nos últimos 10 anos de matrículas na Rede Municipal, mostra um número reduzido de demanda por vagas no grupo etário de até 1 ano de idade. Em contrapartida, garante a pasta da Educação, é muito maior o número de matrículas e de demandas não atendidas no grupo etário de 2 a 4 anos incompletos.
Quem reforça a assertividade da medida é o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, o médico infectologista Charbell Kury. Segundo ele, os principais estudos recomendam a idade mínima para entrada nas creches a partir dos 12 meses, gerando maior proteção das crianças.
A ida para a creche antes desse período, apontam os estudos, geram desmame precoce, esquema incompleto de vacinas para as doenças mais prevalentes e com alta taxa de mortalidade, como, por exemplo, coqueluche, pneumonia, meningite e sarampo.
Quem reforça a assertividade da medida é o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, o médico infectologista Charbell Kury. Segundo ele, os principais estudos recomendam a idade mínima para entrada nas creches a partir dos 12 meses, gerando maior proteção das crianças.
A ida para a creche antes desse período, apontam os estudos, geram desmame precoce, esquema incompleto de vacinas para as doenças mais prevalentes e com alta taxa de mortalidade, como, por exemplo, coqueluche, pneumonia, meningite e sarampo.
“A imaturidade imune, ou seja, a falta de esquema completo de vacinação associado à não amamentação gera um precedente perigoso demais pois os bebês dessa idade usam anticorpos maternos, muitos passados pela amamentação. Se ela não tem esquema completo de vacina e não amamenta, eleva-se a chance de pneumonias, meningites e maior mortalidade”, explicou o médico.
A diretora pedagógica da Seduct, Tânia Alberto, destacou que a partir do próximo ano, o agrupamento de Educação Infantil se organizará em 5 grupos e denominações. A porta de entrada da criança na Educação Infantil se dará pelo Grupo 1 (G1), que compreende prioritariamente a matrícula de alunos de 10 meses a 1 ano e 11 meses e 29 dias completados até 31/03, considerando alunos matriculados em creches. O ciclo será fechado na Pré-escolar 2, que compreende a matrícula de alunos de 5 anos a 5 anos, 11 meses e 29 dias, considerando a idade de corte em 31/03. Tudo isso conforme a resolução Nº 2, de 9 de outubro de 2018, que definiu as Diretrizes Operacionais complementares para a matrícula inicial de crianças na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, respectivamente aos 4 (quatro) e aos 6 (seis) anos de idade.
Outra decisão é que as matrizes curriculares para a Educação Infantil serão adequadas à oferta de matrículas no ensino integral com 8 horas diárias e 40 horas semanais nos Grupos 1, 2 e 3, e turmas de tempo parcial de 20 horas semanais para todas as turmas de Pré-escolar.
A Seduct reforçou que os berçários, como são conhecidas as turmas dos bebês que chegam nas creches, não serão fechados, apenas ocorrerá uma mudança de nomenclatura. "Ou seja, se houver vaga na creche ainda, após as prioridades terem sido atendidas, os alunos menores poderão ser atendidos também", explica a pasta.
Ministério Público acompanha a questão do acesso à creche
A diretora pedagógica da Seduct, Tânia Alberto, destacou que a partir do próximo ano, o agrupamento de Educação Infantil se organizará em 5 grupos e denominações. A porta de entrada da criança na Educação Infantil se dará pelo Grupo 1 (G1), que compreende prioritariamente a matrícula de alunos de 10 meses a 1 ano e 11 meses e 29 dias completados até 31/03, considerando alunos matriculados em creches. O ciclo será fechado na Pré-escolar 2, que compreende a matrícula de alunos de 5 anos a 5 anos, 11 meses e 29 dias, considerando a idade de corte em 31/03. Tudo isso conforme a resolução Nº 2, de 9 de outubro de 2018, que definiu as Diretrizes Operacionais complementares para a matrícula inicial de crianças na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, respectivamente aos 4 (quatro) e aos 6 (seis) anos de idade.
Outra decisão é que as matrizes curriculares para a Educação Infantil serão adequadas à oferta de matrículas no ensino integral com 8 horas diárias e 40 horas semanais nos Grupos 1, 2 e 3, e turmas de tempo parcial de 20 horas semanais para todas as turmas de Pré-escolar.
A Seduct reforçou que os berçários, como são conhecidas as turmas dos bebês que chegam nas creches, não serão fechados, apenas ocorrerá uma mudança de nomenclatura. "Ou seja, se houver vaga na creche ainda, após as prioridades terem sido atendidas, os alunos menores poderão ser atendidos também", explica a pasta.
Ministério Público acompanha a questão do acesso à creche
A questão do acesso à creche na rede pública municipal vem sendo acompanhada pelo Ministério Público, por meio de Ação judicial proposta pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude (PJTCIJ), na qual foi homologado um acordo judicial em que o poder público municipal se comprometeu a atender a todos os alunos em sua rede, independente da faixa etária.
De acordo com o MP, ao tomar conhecimento de ajustes na organização da rede pública municipal para o ano letivo de 2024, que envolvem diferentes formas de agrupamento etário de alunos e critérios preferenciais de matrícula por faixa etária, foi realizada reunião pela Promotoria com a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, no último dia 22.
Ainda, em nota, a promotoria informou que o secretário Marcelo Feres explicou que o novo planejamento, envolvendo a revisão da matriz curricular da educação infantil e de critérios etários para as matrículas do próximo ano letivo, resultou de estudo técnico, no qual foi verificada a necessidade de adequação da nomenclatura dos períodos definidores do agrupamento das crianças recebidas nas creches, passando a ser adotada a orientação do Conselho Nacional de Educação.
Ele ainda afirmou ao Ministério Público que os ajustes no agrupamento pelo critério de faixa etária e na flexibilização do número de adultos na sala de aula, mantendo-se a relação do número de alunos por adultos (6x1 no primeiro grupamento etário), permitirão atender um número maior de alunos por turma.
"Na reunião foi reafirmado o compromisso do município em dar cumprimento ao acordo firmado, não deixando de atender a nenhuma faixa etária, e requisições foram feitas pelo Ministério Público à Seduct para apresentação de documentação comprobatória de tais estudos, em audiência que foi designada", diz trecho da nota do MP. A audiência acontece nesta quinta-feira (30).