Forte calor deve permanecer até esta quarta-feira (27)
Outro risco que aumenta no período de fortes temperaturas é o afogamento. Diante do calor, muitos recorrem a rios e lagos para se refrescar. Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, cerca de 70% dos óbitos por afogamento registrados no País acontecem em rios, lagos e represas.
O Corpo de Bombeiros alerta quanto aos riscos do banho nesses locais, que parecem seguros, mas escondem perigos que muitas vezes não são visíveis, como lama, lodo, raízes e galhos, que podem facilmente se prender a partes do corpo.
“Mesmo em rios conhecidos, o relevo do fundo pode mudar por deslocamento do solo e troncos, alterando a profundidade da água. É desaconselhável o salto nesses locais, tendo em vista o risco de lesões e traumas”, orientam os Bombeiros.
A correnteza forte, assim como os remansos são outras situações de grande perigo nos rios, como destaca a corporação. “ Em dias de chuva intensa, a elevação súbita do nível da água pode acabar arrastando quem está se banhando ou próximo às margens. E os remansos, aparentemente tranquilos, escondem a correnteza que está na parte abaixo da linha d’água”, informou.
Nas praias, a orientação é que os banhistas procurem os locais próximos aos postos de guarda-vidas, que respeitem as orientações dos profissionais, as bandeiras de sinalização das condições do mar e local indicado para o banho seguro. Além disso, a corporação alerta para os cuidados com as crianças e orienta a não mergulhar à noite ou após ingestão de bebida alcoólica.
“Caso se depare com um afogamento, acione o 193. Se possível, disponibilize algum material flutuante para a vítima e aguarde a chegada do socorro. Não se arrisque mergulhando para tentar efetuar o salvamento por conta própria. Você pode se tornar mais uma vítima”, alertou. (C.B)
O 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar de Campos disse que a permanência da onda de calor sobre a região Sudeste deve durar até esta quarta-feira (27). De acordo com informativo divulgado, o calor continuará provocando altas temperaturas, que podem ultrapassar os 40° C no Estado do Rio. Diante dessa situação, o cuidado sobre os riscos de queimadas aumenta, assim como os afogamentos.
Ainda de acordo com os Bombeiros, só no período de inverno, do dia 21 de junho deste ano até esta segunda-feira (25), foram registrados 53 eventos de fogo em vegetação atendidos pelo grupamento. Porém, mesmo com essa alta de temperatura, não houve aumento no número de chamados de emergências referentes ao calor.
De janeiro a julho de 2023 na região Norte e Noroeste fluminense foram registrados mais de 510 focos de incêndio em vegetação ou área florestal, contra 683 focos em comparação com o mesmo período do ano passado.
Mas, o que está acontecendo com a temperatura? Para o historiador ambiental Aristides Soffiati, essa onda de calor que atinge o Estado e o Brasil acontece porque o planeta está sofrendo um processo de aquecimento pelo acúmulo de gases do efeito-estufa liberados pelas atividades humanas em todos os países.
— Os sistemas de absorção desses gases, sobretudo gás carbônico, estão sendo destruídos e poluindo oceanos e florestas. Não houve preocupação com esse processo progressivo de aquecimento porque ele era lento e não percebido. A partir da década de 1970, os cientistas começaram a alertar quanto aos seus perigos. Esse entrevistado publicou um artigo na Folha da Manhã abordando o assunto em 1979. Apenas uma minoria de cientistas e de ambientalistas alertou para o perigo do aquecimento global. Empresários, governantes e a maioria da população mantiveram-se céticos — disse o especialista.
O historiador alertou que tudo leva a crer que dias, semanas, meses e anos mais quentes estão por vir. “Deter o processo de aquecimento global de imediato não é possível. Seria como afundar o pé no freio de modo a fazer o carro capotar. Mas também não é possível continuar a pisar no acelerador. O mais prudente é frear o carro aos poucos e mudar de rumo” alertou.
Soffiati explicou ainda que as ondas de calor, baixa umidade relativa do ar, as secas, os incêndios, as tempestades de vento e de chuva não são resultados de uma combinação entre aquecimento global e El Niño, mas dos fenômenos climáticos já existentes agravados pelo aquecimento global provocado por atividades humanas.
Diante desse calor, os Bombeiros alertam sobre os cuidados para não passar mal, como as altas temperaturas, como por exemplo, evitar exposição direta ao sol, principalmente, nos horários mais quentes, entre 10h e 16h. Além disso, não deixar bebês, crianças, idosos ou animais em carros estacionados e fechados, mesmo em paradas rápidas, e nem em outros ambientes fechados sem ventilação ou circulação de ar.
Outros cuidados podem ser tomados, como não se exercitar ou praticar atividades intensas ao ar livre sem as proteções adequadas, mesmo que já esteja habituado a elas. É ideal hidratar-se bebendo água, água de coco, sucos, chás frios ou isotônicos a cada duas horas, mesmo sem sede. Outra dica é dar preferência a refeições leves e fracionadas no decorrer do dia e manter a casa e ambiente de trabalho arejados, facilitando a circulação de ar.
Orientações para frequentadores de rios e lagos
Ainda de acordo com os Bombeiros, só no período de inverno, do dia 21 de junho deste ano até esta segunda-feira (25), foram registrados 53 eventos de fogo em vegetação atendidos pelo grupamento. Porém, mesmo com essa alta de temperatura, não houve aumento no número de chamados de emergências referentes ao calor.
De janeiro a julho de 2023 na região Norte e Noroeste fluminense foram registrados mais de 510 focos de incêndio em vegetação ou área florestal, contra 683 focos em comparação com o mesmo período do ano passado.
Mas, o que está acontecendo com a temperatura? Para o historiador ambiental Aristides Soffiati, essa onda de calor que atinge o Estado e o Brasil acontece porque o planeta está sofrendo um processo de aquecimento pelo acúmulo de gases do efeito-estufa liberados pelas atividades humanas em todos os países.
— Os sistemas de absorção desses gases, sobretudo gás carbônico, estão sendo destruídos e poluindo oceanos e florestas. Não houve preocupação com esse processo progressivo de aquecimento porque ele era lento e não percebido. A partir da década de 1970, os cientistas começaram a alertar quanto aos seus perigos. Esse entrevistado publicou um artigo na Folha da Manhã abordando o assunto em 1979. Apenas uma minoria de cientistas e de ambientalistas alertou para o perigo do aquecimento global. Empresários, governantes e a maioria da população mantiveram-se céticos — disse o especialista.
O historiador alertou que tudo leva a crer que dias, semanas, meses e anos mais quentes estão por vir. “Deter o processo de aquecimento global de imediato não é possível. Seria como afundar o pé no freio de modo a fazer o carro capotar. Mas também não é possível continuar a pisar no acelerador. O mais prudente é frear o carro aos poucos e mudar de rumo” alertou.
Soffiati explicou ainda que as ondas de calor, baixa umidade relativa do ar, as secas, os incêndios, as tempestades de vento e de chuva não são resultados de uma combinação entre aquecimento global e El Niño, mas dos fenômenos climáticos já existentes agravados pelo aquecimento global provocado por atividades humanas.
Diante desse calor, os Bombeiros alertam sobre os cuidados para não passar mal, como as altas temperaturas, como por exemplo, evitar exposição direta ao sol, principalmente, nos horários mais quentes, entre 10h e 16h. Além disso, não deixar bebês, crianças, idosos ou animais em carros estacionados e fechados, mesmo em paradas rápidas, e nem em outros ambientes fechados sem ventilação ou circulação de ar.
Outros cuidados podem ser tomados, como não se exercitar ou praticar atividades intensas ao ar livre sem as proteções adequadas, mesmo que já esteja habituado a elas. É ideal hidratar-se bebendo água, água de coco, sucos, chás frios ou isotônicos a cada duas horas, mesmo sem sede. Outra dica é dar preferência a refeições leves e fracionadas no decorrer do dia e manter a casa e ambiente de trabalho arejados, facilitando a circulação de ar.
Orientações para frequentadores de rios e lagos
Outro risco que aumenta no período de fortes temperaturas é o afogamento. Diante do calor, muitos recorrem a rios e lagos para se refrescar. Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, cerca de 70% dos óbitos por afogamento registrados no País acontecem em rios, lagos e represas.
O Corpo de Bombeiros alerta quanto aos riscos do banho nesses locais, que parecem seguros, mas escondem perigos que muitas vezes não são visíveis, como lama, lodo, raízes e galhos, que podem facilmente se prender a partes do corpo.
“Mesmo em rios conhecidos, o relevo do fundo pode mudar por deslocamento do solo e troncos, alterando a profundidade da água. É desaconselhável o salto nesses locais, tendo em vista o risco de lesões e traumas”, orientam os Bombeiros.
A correnteza forte, assim como os remansos são outras situações de grande perigo nos rios, como destaca a corporação. “ Em dias de chuva intensa, a elevação súbita do nível da água pode acabar arrastando quem está se banhando ou próximo às margens. E os remansos, aparentemente tranquilos, escondem a correnteza que está na parte abaixo da linha d’água”, informou.
Nas praias, a orientação é que os banhistas procurem os locais próximos aos postos de guarda-vidas, que respeitem as orientações dos profissionais, as bandeiras de sinalização das condições do mar e local indicado para o banho seguro. Além disso, a corporação alerta para os cuidados com as crianças e orienta a não mergulhar à noite ou após ingestão de bebida alcoólica.
“Caso se depare com um afogamento, acione o 193. Se possível, disponibilize algum material flutuante para a vítima e aguarde a chegada do socorro. Não se arrisque mergulhando para tentar efetuar o salvamento por conta própria. Você pode se tornar mais uma vítima”, alertou. (C.B)