Coruja é encontrada debilitada na Igreja do Terço, no Centro de Campos
Joseli Matias 31/08/2023 11:27 - Atualizado em 31/08/2023 13:42
  • Coruja foi encontrada debilitada (Foto: Genilson Pessanha)

    Coruja foi encontrada debilitada (Foto: Genilson Pessanha)

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    Coruja foi encontrada debilitada (Foto: Genilson Pessanha)

Uma coruja debilitada foi encontrada no início da tarde dessa quarta-feira (30) na Igreja do Terço, na rua Carlos Lacerda, no Centro de Campos, e mais 20 horas depois ainda permanece no local, em meio a um jogo de empurra entre órgãos da Prefeitura e do Governo do Estado. Além do sofrimento do animal, a falta de ação prolonga um risco à saúde pública, já que o Rio de Janeiro vive uma emergência zoossanitária, após a confirmação de casos de gripe aviária em território fluminense.
A coruja foi localizada por um comerciante da área, que acionou o Grupamento Ambiental (GAM) da Guarda Civil Municipal, mas foi informado que o órgão não faz resgate de animais feridos, apenas de bichos sadios, que são reinseridos no habitat natural. O comerciante, então, foi orientado a entrar em contato com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que também afirmou não fazer esse tipo de trabalho.
Em nota, a Prefeitura confirmou que a Guarda Ambiental não faz resgate de animais feridos, porque não tem convênio com veterinária nem órgão público para o tratamento. "Nesses casos, o contato deve ser feito com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Se o animal for uma ave, a situação deve ser informada ao Núcleo de Defesa Agropecuária do Estado ou à Vigilância Sanitária Municipal em virtude do surgimento de casos de infecção pelo vírus da gripe aviária".
Em contato com a Vigilância Sanitária (Visa) municipal, entretanto, a Folha foi informada de que "o órgão não lida com animais e que, no caso da gripe aviária, se envolve apenas para ajudar na necropsia correta", por ter como ajudar, apesar de não ser função da Visa. "Sempre encaminho para o GAM ou, no caso de suspeita de gripe aviária, para a Defesa Agropecuária", informou a assessora-chefe da Vigilância Sanitária municipal, Vera Cardoso de Melo.
O chefe do Núcleo da Defesa Agropecuária do Estado em Campos, Cláudio Vilela, foi contatado pela Folha e também alegou que o órgão não faz esse tipo de resgate, o que deveria ser feito pela Prefeitura. "Estou vindo do Porto do Açu, onde resgatamos uma ave Trinta Réis com suspeita de Influenza Aviária. Foi feita a coleta do material, que será enviado a Niterói, que enviará para o laboratório do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), em São Paulo. Esse é o nosso trabalho, não tenho como atender animais machucados sem sintomas. Esse trabalho é com a Prefeitura", afirmou Cláudio Vilela.
Em nota, o Inea informou que atua no resgate de animais silvestres nas unidades de conservação que administra. "O órgão ambiental estadual atua, com apoio de instituições parceiras, no resgate de fauna silvestre em casos específicos, como por exemplo, de animais de grande porte, como onça- parda".
Gripe aviária - O estado do Rio de Janeiro tem 16 casos confirmados de gripe aviária, em nove municípios, mas apenas em aves silvestres migratórias. No Norte Fluminense, cinco casos foram confirmados em São João da Barra e um em Macaé.
Desde o dia 18 de agosto, o estado do Rio de Janeiro está em situação de emergência zoossanitária em função do vírus da Influenza Aviária. O decreto publicado pelo Estado segue uma recomendação da Portaria nº 587 do Ministério da Agricultura e Pecuária. A secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) reforça que a doença está controlada.

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