Cabeceira da ponte de Donana, em Campos, apresenta rachaduras e erosão
Ingrid Silva (estagiária) 30/08/2023 08:18 - Atualizado em 23/01/2024 18:50
Rodrigo Silveira
A ponte de Donana, na RJ 216 (Campos-Farol), além do problema com a passarela que desabou no ano passado, agora, são as rachaduras e a erosão debaixo do asfalto que preocupam quem passa por ela. Sem a passarela, ciclistas e pedestres se arriscam, já que dividem o trecho da ponte com os veículos, como muitos muitos caminhões. Uma equipe do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) esteve no local na tarde de terça-feira (29) para analisar a estrutura e iniciar os reparos.
Rodrigo Silveira
Mesmo com grande movimento, não houve necessidade de interdição total da pista. Com o apoio de mais de 10 trabalhadores, dando início ao serviço de recuperação e análise das rachaduras, o trânsito recebeu sinalização de "pare" e "siga".
“Nós estamos nessa situação da ponte, a gente está sempre andando de bicicleta, levando as crianças para a escola e é um perigo muito grande. Estamos cansados de pedir o reparo. Queremos que façam alguma coisa e não só falem”, disse a moradora, Sandra de Oliveira, de 54 anos.
Além da equipe do DER-RJ, subsecretários da Defesa Civil e de Obras e Infraestrutura de Campos também estiveram no local após serem acionados. Édson Pessanha, da Defesa Civil, e José Fernando Guedes, da Obras, foram vistoriar a ponte e, quando chegaram, encontraram a equipe do DER-RJ no local. De acordo com Édson, nesta quarta-feira (30), o trabalho irá continuar; sem a necessidade de interditar a ponte.
“Viemos para fazer uma vistoria. A erosão provocada pelas chuvas afetou as duas cabeceiras da ponte. Chegamos aqui, a equipe do DER já estava fazendo a ação de contenção dessas erosões. Amanhã terá a complementação, então, possivelmente, esse risco vai ser solucionado. Não há necessidade em interditar (a ponte) no momento, eles (equipes do DER) vão usar um sinalizador”, disse o subsecretário de Defesa Civil de Campos, Édson Pessanha.
O subsecretário de Obras e Infraestrutura e também engenheiro, José Fernando Guedes, disse que o motivo real de preocupação são as cabeceiras do acesso, explicando, ainda, que a estrutura da ponte está intacta.
“Mesmo assim, a Prefeitura veio para verificar, o que poderia ser feito caso o DER não tivesse tomado providência (...). Na situação atual não tem risco de cair, não foi na parte da estrutura, só no acesso mesmo, na cabeceira. Se não tivesse a intervenção teria risco de ceder a cabeceira e acabar caindo, mas a ponte em si continua intacta", explicou.
Na sessão da Câmara de terça-feira (29), o assunto foi trazido à tona pelo vereador Nildo Cardoso. Segundo ele, é necessária uma solução o mais breve possível para evitar as consequências futuras. Ainda na sessão, alguns vereadores disseram que o problema teria sido causado por intervenções feitas pela concessionária Águas do Paraíba. Em nota, a empresa disse que possui uma rede de esgoto próxima à ponte. A concessionária disse ainda que esta estrutura passa por manutenções preventivas, porém, não foi constatado nenhum vazamento de resíduos ou qualquer outra intercorrência nas tubulações que tenha ligação com a erosão ocorrida.
Já o DER-RJ informou, por nota, que o trabalho para a recomposição do aterro nas extremidades da ponte continuará nos próximos dias para reverter o impacto causado pelas chuvas. (I.S.)

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