Botafogo tropeça em pressão por gols e perde a liderança às vésperas de "finais"
O Botafogo empatou pela terceira vez seguida no Brasileirão e viu a liderança escapar para o Palmeiras - agora, os dois times estão empatados em 70 pontos. Na noite do último sábado, diante do Vitória, pela 35ª rodada, jogando no Nilton Santos, a equipe de Artur Jorge empatou em 1 a 1 com o time baiano, resultado que dá mais peso nas próximas "finais" - o Alvinegro enfrenta o Palmeiras na próxima terça, e o Atlético-MG no sábado seguinte, pela final da Conmebol Libertadores.
O tropeço contou com um meio de campo burocrático na criação inicialmente e, mais uma vez, com dificuldade de converter o volume de jogo em gols. O time também sentiu a falta de jogadores importantes, como o volante Marlon Freitas, poupado, e o atacante Luiz Henrique, suspenso por expulsão.
Escalação com surpresas, e primeiro tempo com falta de criação e susto
A equipe entrou em campo com quatro baixas em relação ao time titular: Barboza e Luiz Henrique suspensos por expulsão, e Alex Telles e Marlon Freitas, poupados. Com isso, o time teve que lidar com uma nova formatação.
Com um Vitória postado com três zagueiros, Artur Jorge tentou colocar dois atacantes mais próximos da área. Igor Jesus pelo lado direito e Júnior Santos pela esquerda, em uma ideia que parecia ser uma garantia de resultado positivo no placar, com dois bons finalizadores na frente.
Porém, o problema do time foi justamente fazer a bola chegar até eles no primeiro tempo. Apesar de ter mais posse na maior parte dos primeiros 45 minutos, foram poucas as finalizações perigosas em gol - a maioria delas surgiram dos pés de Savarino, que atuou levemente deslocado pela direita, mas foi quem mais arriscou.
A equipe entrou em campo com quatro baixas em relação ao time titular: Barboza e Luiz Henrique suspensos por expulsão, e Alex Telles e Marlon Freitas, poupados. Com isso, o time teve que lidar com uma nova formatação.
Com um Vitória postado com três zagueiros, Artur Jorge tentou colocar dois atacantes mais próximos da área. Igor Jesus pelo lado direito e Júnior Santos pela esquerda, em uma ideia que parecia ser uma garantia de resultado positivo no placar, com dois bons finalizadores na frente.
Porém, o problema do time foi justamente fazer a bola chegar até eles no primeiro tempo. Apesar de ter mais posse na maior parte dos primeiros 45 minutos, foram poucas as finalizações perigosas em gol - a maioria delas surgiram dos pés de Savarino, que atuou levemente deslocado pela direita, mas foi quem mais arriscou.
Escolhido para o lugar de Marlon Freitas, Tchê Tchê não encontrou os bons passes para fazer o setor ofensivo funcionar. Isso fez com que Almada e Savarino voltassem para buscar o jogo na aproximação.
Enquanto isso, o Vitória procurava a bola para apostar na transição e achar um gol - até havia feito isso nos primeiros minutos de jogo. Aos 19 minutos, quando uma bola foi alçada para a direita, Matheuzinho cruzou, Bastos afastou mal, e Alerrandro aproveitou a sobra dentro da área chutando no canto de John.
Enquanto isso, o Vitória procurava a bola para apostar na transição e achar um gol - até havia feito isso nos primeiros minutos de jogo. Aos 19 minutos, quando uma bola foi alçada para a direita, Matheuzinho cruzou, Bastos afastou mal, e Alerrandro aproveitou a sobra dentro da área chutando no canto de John.
Ainda assim, o Botafogo seguia melhor no jogo, e apostando na troca de passes rápidas, mas afobada pela pressão de igualar o marcador. A melhor chance foi criada aos 39, em transição da defesa ao ataque, que Cuiabano recebeu bom passe infiltrado de Almada, ganhou do marcador na velocidade, e fez o cruzamento na área. Igor Jesus finalizou já deitado (vídeo abaixo), mas Lucas Arcanjo fez ótima defesa e salvou o que seria o gol de empate.
Essa foi a melhor jogada construída do time que investiu mais em cruzamentos na área para tentar usufruir de seus dois atacantes. O revés no placar fez alguns jogadores tomarem decisões equivocadas, como Vitinho e Tchê Tchê. Os dois foram vaiados pela torcida na reta final.
Essa foi a melhor jogada construída do time que investiu mais em cruzamentos na área para tentar usufruir de seus dois atacantes. O revés no placar fez alguns jogadores tomarem decisões equivocadas, como Vitinho e Tchê Tchê. Os dois foram vaiados pela torcida na reta final.
O treinador alvinegro fez três modificações no intervalo, resetando o que não estava dando certo no primeiro tempo. Entraram Eduardo, Tiquinho e Ponte nos lugares de Tchê Tchê, Júnior Santos e Vitinho, respectivamente.
Pelo lado direito, o jovem uruguaio Ponte apoiou o setor ofensivo e conseguiu contribuir com qualidade para que a bola chegasse na área, pelo alto e por baixo. A presença de Eduardo no meio também foi positiva para a construção, clareando os espaços explorados pelo Botafogo. Além disso, as mudanças oportunizaram ao time explorar mais as extremidades do campo, além de trabalhar jogadas por dentro.
Pelo lado direito, o jovem uruguaio Ponte apoiou o setor ofensivo e conseguiu contribuir com qualidade para que a bola chegasse na área, pelo alto e por baixo. A presença de Eduardo no meio também foi positiva para a construção, clareando os espaços explorados pelo Botafogo. Além disso, as mudanças oportunizaram ao time explorar mais as extremidades do campo, além de trabalhar jogadas por dentro.
O Vitória estava confortável com o placar, segurava o jogo, e povoou seu setor defensivo com 10 homens de linha dentro da área em alguns momentos. A ação foi mais um dificultador ao Alvinegro, que tem esbarrado em times que se posicionam desta forma e, consequentemente, não consegue marcar gols.
Com isso, a estratégia adotada pelo time de Artur Jorge parecia ser, basicamente, as bolas na área, na esperança de que Igor Jesus ou Tiquinho finalizasse. As tentativas repetidas deixaram explícita a falta que Luiz Henrique faz ao time, e sua individualidade do drible e da responsabilidade que chama para si para balançar as redes.
E foi em um desses cruzamentos que o time igualou o placar, com gol contra, mas cabeceado por Tiquinho (vídeo abaixo) - expulso pouco tempo depois por xingar a arbitragem.
Com isso, a estratégia adotada pelo time de Artur Jorge parecia ser, basicamente, as bolas na área, na esperança de que Igor Jesus ou Tiquinho finalizasse. As tentativas repetidas deixaram explícita a falta que Luiz Henrique faz ao time, e sua individualidade do drible e da responsabilidade que chama para si para balançar as redes.
E foi em um desses cruzamentos que o time igualou o placar, com gol contra, mas cabeceado por Tiquinho (vídeo abaixo) - expulso pouco tempo depois por xingar a arbitragem.
O resultado passou longe da expectativa que se tinha. A ideia era vencer o confronto e manter a distância de dois pontos para o Palmeiras. Com o empate, os dois times estão com 70 pontos - a vantagem do Palmeiras é no número de vitórias - e se enfrentam em decisão pela taça do Brasileirão na próxima terça-feira.
Se antes já existia um peso, os resultados elevaram os níveis nesse quesito, e a próxima partida no Brasileirão ganha ares mais fortes de final. A vida do Botafogo, que passará pela semana mais importante da sua história, promete grandes emoções.
Se antes já existia um peso, os resultados elevaram os níveis nesse quesito, e a próxima partida no Brasileirão ganha ares mais fortes de final. A vida do Botafogo, que passará pela semana mais importante da sua história, promete grandes emoções.
Fonte: GE