Macaé Esporte perde cinco mandos de campo e é multado por confusão e ameaças à arbitragem
17/10/2023 16:38 - Atualizado em 17/10/2023 16:50
Confusão ocorreu após apito final na derrota para o Serrano
Confusão ocorreu após apito final na derrota para o Serrano / Foto: Divulgação
O Macaé Esporte não jogará mais em casa nesta Série B1 do Campeonato Estadual. Na última segunda-feira (16), o vice-presidente de competições da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Marcelo Vianna, publicou uma resolução punindo o clube com a perda de cinco mandos de campo, além de multa de R$ 50 mil. O motivo foi uma confusão ao final da partida contra o Serrano, sábado (14), no Moacyrzão, em Macaé, com agressões verbais e ameaças de morte a integrantes da equipe de arbitragem por parte de pessoas ligadas ao clube.
Na resolução, foram citados episódios de ameaça de morte, intimidação, violência, tumulto e indisciplina. O documento ressalta que, segundo o árbitro e o delegado de Macaé 0 x 1 Serrano, dirigentes e pessoas vinculadas ao Macaé, que não integravam a comissão técnica e não poderiam entrar no campo de jogo, invadiram o gramado após o apito final para intimidar e/ou ameaçar de morte o árbitro Lucas Coelho dos Santos e seus auxiliares. Ainda segundo a resolução, agressões físicas só não se concretizaram em razão da intervenção dos policiais presentes no estádio.
Na súmula, o árbitro justificou que, aos 27 minutos de jogo, expulsou o preparador físico do Macaé, Carlos Henrique de Souza, que estaria ofendendo com xingamentos a equipe de arbitragem por discordar de determinadas decisões.
Em outra situação, aos 44 minutos, houve a expusão do atleta Vandinho, do Serrano, “por uso indevido da mão ao acertar, de maneira temerária, o rosto” de João Pedro, do Macaé, durante um lance. Na segunda etapa, foram expulsos os jogadores Medina e Rodriguinho, ambos do Macaé: o primeiro, por jogo brusco grave, e o segundo, por ter acertado o rosto de um atleta adversário com a mão durante outro lance.
O gol da vitória do Serrano foi marcado por Fábio Polhão, aos 49 minutos do segundo tempo, em pênalti que o árbitro marcou alegando “uso da força imprudente” pelo atleta Saulo no interior da área de defesa macaense.
O clima esquentou de vez ao final da partida, quando, segundo o árbitro relatou na súmula, dirigentes e membros da comissão técnica do Macaé entraram em campo e “começaram a fazer ponderações e ameaças”.
De acordo com o árbitro, o presidente do Macaé, Cristiano Assis, teria dito que o respeitava, mas acusado-o de ter prejudicado o clube, complementando que nunca mais apitaria no Moacyrzão. Além do presidente, também foram citados o preparador físico expulso, a quem o árbitro creditou xingamentos, e dois homens não identificados, ambos de camisa cinza, que teriam feito as mais graves ameaças. Um deles teria ameaçado o juiz de morte. Os árbitros só conseguiram chegar ao vestiário minutos depois, com apoio de dois policiais militares.
Até o fechamento desta edição, o Macaé não emitiu nota sobre o caso Recém-rebaixado da Série A2, o clube é o sétimo colocado da B1, com sete pontos. Volta a campo no sábado (21), visitando o Pérolas Negras, às 15h, no estádio do Trabalhador, em Resende.

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