Qualidade do saneamento em Campos cai em 2024, segundo ranking
- Atualizado em 24/06/2024 18:45
Cai qualidade do saneamento de Campos
Cai qualidade do saneamento de Campos / Tânia Rego/Agência Brasil
O Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, publicou a 16ª edição do Ranking do Saneamento, destacando os 100 municípios mais populosos do Brasil. Maringá (PR) ocupa o primeiro lugar, seguido por São José do Rio Preto (SP) e Campinas (SP). Esses três municípios se destacaram ao alcançar a pontuação máxima, refletindo a universalização do saneamento conforme os critérios da Lei 14.026/2020, que define a universalização como 99% de acesso à água tratada e 90% de coleta e tratamento de esgoto. No estado do Rio de Janeiro, Campos registrou uma queda na qualidade do saneamento em comparação com o ano anterior, embora continue entre os municípios fluminenses com melhores desempenhos, junto com Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro e Nova Iguaçu.
Os dados utilizados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), com ano-base 2022. Segundo o estudo, a coleta de esgoto no país aumentou apenas 0,2 ponto percentual, passando de 55,8%, em 2021, para 56%, em 2022. O tratamento de esgoto teve um crescimento de 1 ponto percentual, indo de 51,2% para 52,2%. Apesar de pequenos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos, com mais de 5,2 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento sendo despejadas na natureza diariamente.
O ranking avalia três dimensões: “Nível de Atendimento”, “Melhoria do Atendimento” e “Nível de Eficiência”. Maringá, São José do Rio Preto e Campinas ganharam nota máxima em todos os oito indicadores analisados, com o critério de desempate favorecendo o município com os maiores níveis de cobertura nos indicadores de atendimento total de água, esgoto e tratamento de esgoto.
Em contraste, a situação é preocupante em várias capitais do Norte e Nordeste, onde a coleta e tratamento de esgoto não atingem sequer 35% do volume gerado. A falta de acesso à água potável afeta cerca de 32 milhões de brasileiros, e aproximadamente 90 milhões não possuem coleta de esgoto, resultando em sérios problemas de saúde pública.
Com a aproximação das eleições municipais, o ITB ressalta a necessidade urgente de colocar o saneamento básico no centro das discussões políticas para melhorar a qualidade de vida e a saúde da população. Para mais informações, o estudo completo está disponível no site do Instituto Trata Brasil
Fonte: Instituto Trata Brasil

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