A primeira atividade a ser executada pelo Porto do Açu como parte de um contrato firmado com a Petrobras começou com a chegada da plataforma P-33, no município de São João da Barra (RJ), na última quarta-feira (14). A unidade, que pertence à estatal, que estava instalada no campo de Marlim, na Bacia de Campos, será submetida a um serviço de pré-descomissionamento, antes de seguir para o estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, onde acontecerá o desmantelamento e a reciclagem definitiva da embarcação.
A plataforma vai passar por serviços de limpeza de casco e destinação de resíduos e efluentes antes de seguir para o estaleiro Rio Grande (RS) para o desmantelamento final. A atividade está inserida num programa de reciclagem de unidades produtivas da Petrobras, orçado em US$ 11,4 bilhões.
O acordo entre a Petrobras e o Porto prevê a execução da mesma atividade em três unidades de produção da estatal. O trabalho envolve a disponibilidade de cais para acostamento e serviços especializados, como limpeza de casco e destinação de resíduos e efluentes, como restos de óleo em tanques.
“Pode ser que a gente consiga expandir no próximo ano, por exemplo, para o upcycling (segmento de reciclagem de materiais), de modo a fomentar a economia circular no Brasil. Tem uma série de aspectos que estamos considerando no futuro. A intenção é expandir”, afirmou o presidente do complexo logístico, José Firmo, em entrevista ao Petróleo Hoje, após a assinatura do contrato com a estatal, em setembro do ano passado.
A visão é que o Porto do Açu tem potencial para funcionar como um hub de descomissionamento. Firmo não enxerga a possibilidade de a empresa atuar diretamente na fase de desmonte, porque não conta com dique seco disponível para isso. “O Açu já tem uma vocação natural para condensar o hub subsea e expandir para um hub de descomissionamento do topside”, complementou na entrevista.
Em seu plano estratégico para o período de 2024 a 2028, a Petrobras informa investimento de US$ 11,4 bilhões no desmantelamento de plataformas. Para os próximos cinco anos, está prevista a reciclagem de 23 unidades. Outras 40 passarão pelo processo a partir de 2029.
