O Complexo Portuário do Açu apresentou planos para a produção de hidrogênio verde e derivados de baixo carbono, intensificando a transição energética industrial e logística. O projeto, que está em fase de licenciamento prévio, foi apresentado pelo diretor de Administração Portuária, Vinícius Patel, nessa quarta-feira (18), aos secretários municipais de Campos. O subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Felipe Knust, falou da empregabilidade e qualificação de mão de obra, já que a previsão é de cerca de 6 mil contratados para o desenvolvimento das quatro fases do projeto de construção do hub de produção de hidrogênio verde e investimentos que podem ultrapassar R$ 40 bilhões, ao longo de 20 anos.

Na ocasião, foi apresentado como vai funcionar o hub (lugar que congrega vários produtos ou serviços ao mesmo tempo) de produção do hidrogênio, capacidade de produção e quais os profissionais necessários. “O estudo de impacto ambiental protocolado mês passado já foi apresentado ao prefeito Wladimir Garotinho e agora o projeto está sendo levado ao secretariado como um todo, para que dessa forma a municipalidade possa ter uma sinergia entre os projetos que estão acontecendo no Porto e na Prefeitura. O projeto impacta regionalmente na empregabilidade e no desenvolvimento econômico como um todo, assim como a utilização de energia limpa, já que foi colocado em pauta o potencial energético do município, seja em relação à energia eólica, biomassa e solar, e o que o desenvolvimento dessas energias sustentáveis pode trazer de benefício para a cidade e região”, afirmou Knust.

Ele explica que o poder público e o Porto estão de mãos dadas para o desenvolvimento regional. “O prefeito já está trabalhando meios de oferecer pacotes de cursos de qualificação voltados para as necessidades das empresas empregadoras”.

Para o secretário de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves, a energia é essencial para qualquer desenvolvimento e crescimento econômico. “A produção de hidrogênio vai servir de subsídio para diversas outras indústrias. O que teremos é energia, teremos produção de amônia que vai gerar uréia, por exemplo, esse hub vai ser uma base que vai ter uma ramificação para várias outras indústrias. Estamos discutindo a questão de capacitação, qualificação e formação de mão de obra, pois a prioridade é usar mão de obra local. É geração de emprego, desenvolvimento, tecnologia e energia limpa. O petróleo vai continuar tendo a sua importância em nossa região, mas a energia limpa tende a crescer cada vez mais, já que temos um grande potencial para sermos a capital da energia sustentável, assim como a do petróleo, uma vez que temos a energia solar, um potencial eólico muito grande e uma biomassa rica, usada neste projeto de energia apresentada hoje. O futuro já chegou”.

Vinícius Patel explicou como funciona o projeto. “Estamos apresentando o processo para a instalação de um hub, um complexo industrial baseado em hidrogênio verde e azul para a aplicação em produtos de baixa pegada de carbono, gerando várias possibilidades para o crescimento da região. Vamos ter quatro etapas de construção e teremos picos de mais de 2 mil pessoas contratadas por fase. O projeto habilita o estado do Rio de Janeiro como um dos grandes polos de produção de energia renovável e de insumos de baixo carbono, fazendo com que o país se fortaleça numa visão internacional”.

Além de representantes do porto do Açu, estiveram ainda na reunião, o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Almy Júnior, o chefe de Gabinete do vice-prefeito, Marcelo Freire, subsecretário de Meio Ambiente, Renê Justen e o secretário de Defesa Civil, Alcemir Pascoutto.