Petrobras instalará 11 novas plataformas no pré-sal até 2027
04/09/2023 15:21 - Atualizado em 04/09/2023 15:39
Navio de produção FPSO Cidade de Maricá durante operação de offloading no campo de Lula Alto na Bacia de Santos
Navio de produção FPSO Cidade de Maricá durante operação de offloading no campo de Lula Alto na Bacia de Santos / jun.2016
O pré-sal completa 15 anos de produção em setembro com fôlego renovado – e uma perspectiva de crescimento expressivo nos próximos anos. Para se ter ideia, a Petrobras prevê instalar 11 novas plataformas para produzir naquela camada até 2027. Desde dezembro de 2022, a empresa já colocou em produção dois novos sistemas no pré-sal – P-71 no campo de Itapu e FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios – e prevê iniciar a operação da terceira unidade (FPSO Sepetiba, no campo de Mero) até o fim deste ano. FPSO é a sigla em inglês para plataforma flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo.

O Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027 destinou US$ 64 bilhões para investimentos em atividades de exploração e produção. Uma parcela de 67% desses recursos será destinada a investimentos no pré-sal. Com os novos projetos somados às unidades já em operação, a estimativa é que a companhia irá produzir um total de 3 milhões e 100 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2027, sendo 2,4 milhões boed no pré-sal (parcela própria da Petrobras), o que representará 78% do total da produção. No caso da produção operada (Petrobras + parceiros), a projeção é que o volume produzido no pré-sal alcance 3,6 milhões de boe em 2027.

Perspectivas promissoras para o campo de Búzios
Maior campo em águas ultraprofundas da indústria mundial, Búzios tem apresentado excelente resultado. Em junho, o campo alcançou produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe), passados apenas cinco anos desde que iniciou sua operação. Para efeito de comparação, o campo de Marlim, na Bacia de Campos, levou 11 anos para atingir o patamar de 1 bilhão de boe e o campo de Tupi, no pré-sal, nove anos.

Atualmente o campo de Búzios opera com cinco plataformas, todas do tipo FPSO: P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso. E a perspectiva para o futuro é muito positiva. Das onze novas plataformas programadas para o pré-sal até 2027, seis serão destinadas a Búzios: FPSOs Almirante Tamandaré (previsto para 2024); P-78 e P-79 (ambas para 2025); P-80 e P-82 (as duas para 2026), além da P-83 (2027).

Campo Unitizado de Mero: o terceiro maior do país
Outro grande campo do pré-sal é Mero, localizado no bloco de Libra, na Bacia de Santos. Atualmente, o campo de Mero abriga o FPSO Pioneiro de Libra, com capacidade para produzir até 50 mil bpd, que opera o Sistema de Produção Antecipada (SPA 2), e o FPSO Guanabara, com capacidade para produzir até 180 mil bpd – e que já alcançou seu pico de produção cerca de oito meses após o primeiro óleo. A unidade atingiu recorde de média de produção mensal, de 179 mil barris de petróleo por dia (bpd), em fevereiro de 2023.

No segundo semestre de 2023, a Petrobras prevê instalar a segunda plataforma definitiva no campo de Mero: o FPSO Sepetiba, com capacidade de produzir até 180 mil bpd. Até 2025, a empresa colocará em operação outras duas unidades naquele campo, totalizando quatro sistemas. Mero é o terceiro maior campo do Brasil, atrás apenas de Tupi e Búzios, também localizados no pré-sal da Bacia de Santos.


Novas plataformas para o pré-sal da Bacia de Campos
Além da Bacia de Santos, o pré-sal segue em ritmo de expansão na Bacia de Campos. Foi no campo de Jubarte, nessa bacia, onde a produção do pré-sal iniciou há 15 anos. E é esse mesmo campo que irá receber o FPSO Maria Quitéria em 2025, com capacidade para produzir até 100 mil bdp.

Em paralelo, a Petrobras segue empenhada em revitalizar seus ativos maduros da Bacia de Campos, ampliando a capacidade de produção com a implantação de novos sistemas. O campo de Albacora, por exemplo, que completou 35 anos de operação no ano passado, receberá em 2027 o novo FPSO do projeto de Revitalização de Albacora, com capacidade de produzir até 120 mil bpd – operando tanto no pós-sal quanto no pré-sal.

Capacidade técnica
“Os 15 anos de produção do pré-sal são a melhor prova de um Brasil que dá certo. É a prova da persistência e da capacidade técnica de homens e mulheres que foram à luta e não desistiram diante dos desafios complexos encontrados. Nosso corpo técnico contribuiu para o desenvolvimento de tecnologias inéditas para viabilizar a produção no pré-sal, de braços dados com nossos parceiros, impulsionando o desenvolvimento de todo um mercado de fornecedores altamente especializado”, disse o Diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes.
“São profissionais que não só desbravaram uma nova fronteira, até então inexplorada, como também a transformaram em um dos mais importantes polos de produção do mundo. E todo esse sucesso aponta para um futuro promissor: vamos colocar em operação no pré-sal 11 plataformas nos próximos cinco anos que vão garantir a sustentabilidade da nossa produção – o que comprova a importância e a magnitude da nossa atuação no pré-sal”, complementou Mendes.

Parcerias
Os resultados alcançados no pré-sal – e a perspectiva de futuro promissora – se devem em grande medida à atuação em parceria com empresas reconhecidas pela excelência técnica: Shell, TotalEnergies, Petrogal, Repsol Sinopec, CNOOC, CNODC, Petronas, QatarEnergy e PPSA.
Fonte: Ascom Petrobras 

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