Última apresentação da montagem 'O Beijo da Mulher Aranha' neste sábado no Teatro de Bolso
Dora Paula Paes - Atualizado em 06/07/2024 10:58
Divulgação Patrícia Bueno
O espetáculo “O Beijo da Mulher Aranha” chega à sua última apresentação neste sábado (6), às 20h, no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos. O romance do argentino Manuel Puig, adaptado por Edeilson Fernandes, com direção de Fernando Rossi, é uma ótima opção para uma imersão na arte cênica na cidade. Com classificação de 16 anos, a peça tem o apoio da Folha da Manhã e os ingressos estão à venda na megabilheteria.com. Adaptado para o teatro em vários países e para o cinema, o romance ganhou vários prêmios.
O romance é de 1976 e tem uma abordagem no pungente e sensível mergulho no relacionamento de um preso político, Valentin, com seu companheiro de cela homossexual, Molina, acusado por comportamento imoral. "A resposta do público tem sido bastante positiva. Estamos todos felizes com a repercursão e certos que o projeto teatral foi bem oportuno para o momento atual. Revendo o passado para procurar não repetir erros futuros", destaca Rossi, que há 30 anos esteve na direção do espetáculo na cidade.
A produção do espetáculo é do Estúdio Gente é Para Brilhar, e não Para Morrer de Fome. No elenco da peça estão Vitor Belém, Ítalo Guimarães, Clara Abreu, Gaia Paz, Arnaldo Zeus e Pedro Fagundes. Juntos, os atores em cena abordam temas importantes e atuais. Um dos principais é a repressão política durante a ditadura militar e como a opressão afeta a vida das pessoas e como elas lutam para manter sua identidade e liberdade.
A história se passa em uma prisão na América do Sul, quando dois prisioneiros dividem a mesma cela. Molina é homossexual e condenado por comportamento imoral. Valentin é um prisioneiro político, que é torturado para delatar seus companheiros. Molina, para suportar a prisão, inventa filmes cheios de mistério e romance, distraindo também seu companheiro de cela. A enorme diferença entre os dois se transforma, tecida pela história do beijo da mulher aranha, em cumplicidade, repletos de mistério e romance, evocando o poder da imaginação e do cinema.


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