'O Beijo da Mulher Aranha' segue em cartaz no Teatro de Bolso
Dora Paula Paes - Atualizado em 04/07/2024 16:26
Divulgação /Patrícia Bueno
O espetáculo "O Beijo da Mulher Aranha" chega ao segundo e último final de semana em cartaz no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos. Desta quinta-feira (4) a domingo (7), às 20h, o romance do argentino Manuel Puig, adaptado por Edeilson Fernandes, com direção de Fernando Rossi, é uma ótima opção para uma imersão na arte cênica na cidade. Com classificação de 16 anos, a peça tem o apoio da Folha da Manhã e os ingressos estão à venda na megabilheteria.com.
O romance é de 1976 e traz uma abordagem no pungente e sensível mergulho no relacionamento de um preso político, Valentin, com seu companheiro de cela homossexual, Molina, acusado por comportamento imoral.
Divulgação /Patrícia Bueno

A produção do espetáculo é do Estúdio Gente é Para Brilhar, e não Para Morrer de Fome. No elenco da peça estão Vitor Belém, Ítalo Guimarães, Clara Abreu, Gaia Paz, Arnaldo Zeus e Pedro Fagundes. Juntos, os atores em cena vão abordar temas importantes e atuais. Um dos principais é a repressão política durante a ditadura militar e como a opressão afeta a vida das pessoas e como elas lutam para manter sua identidade e liberdade.

A história se passa em uma prisão na América do Sul, quando dois prisioneiros dividem a mesma cela. Molina é homossexual e condenado por comportamento imoral. Valentin é um prisioneiro político, que é torturado para delatar seus companheiros. Molina, para suportar a prisão, inventa filmes cheios de mistério e romance, distraindo também seu companheiro de cela. A enorme diferença entre os dois se transforma, tecida pela história do beijo da mulher aranha, em cumplicidade, repletos de mistério e romance, evocando o poder da imaginação e do cinema.
Divulgação /Patrícia Bueno


- O espetáculo é uma reflexão profunda sobre a identidade, repressão, amor, uma importante, emocionante e impactante narrativa - destaca Rossi, que há 30 anos esteve na direção do espetáculo na cidade.

Adaptado para o teatro em vários países e no cinema pelo diretor também argentino Hector Babenco que teve seu filme indicado a muitos prêmios internacionais, ganhando alguns deles. No Oscar de 1986, foi indicado a melhor direção, melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor ator para William Hurt (que venceu). William Hurt também venceu a Palma de Ouro e o Bafta. O filme também foi indicado à Palma de Ouro em Cannes (1985).

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