Wladimir recebe representantes do movimento SOS Ao Livro Verde
Dora Paula Paes 13/06/2024 17:59 - Atualizado em 13/06/2024 18:08
Divulgação
Os representantes do Movimento SOS Ao Livro Verde foram recebidos pelo prefeito Wladimir Garotinho, nesta tarde quinta-feira (13), quando também é comemorado o aniversário dos 180 anos da livraria mais antiga do Brasil. A livraria, no centro de Campos, fechou as portas no ano passado. Há possibilidade real de o espaço ser transformado em Casa de Cultura Ao Livro Verde. Ainda, nesta noite, às 19h, na Academia Campista de Letras (ACL), será criada a Associação de Amigos de Ao Livro Verde (Asalve).

No encontro, Wladimir determinou a criação imediata de Grupo de Trabalho Executivo, composto com representantes do Poder público e da sociedade civil, para em 60 dias definir, o que será possível e legal fazer, quando e como, para a preservação e perenização do espaço da livraria, que poderá ser transformada em Casa de Cultura Ao Livro Verde, juntamente com a criação da Casa de Cultura Ao Livro Verde.

Todo trabalho terá como base as propostas e alternativas apresentadas no Relatório Final da Comissão Mista da Campanha SOS Ao Livro Verde.

O prefeito recebeu formalmente a versão impressa do Relatório da Comissão Mista, entregue pelo Comitê Organizador da Campanha SOS Ao Livro Verde, composta por representantes da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Academia Campista de Letras (ACL), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes, Associação de Imprensa Campista (AIC) e do Sindicato do Comércio Varejista de Campos.


Com 180 anos, fundada em 13 de junho de 1844, a livraria mais antiga do Brasil - atestada pelo “Guinness World Recordes”, publicação mundial de recordes –, é reconhecida como “patrimônio histórico e cultural de Campos dos Goytacazes”, através da Lei Municipal número 9.360/2023, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Vereadores e sancionada pelo Prefeito Wladimir Garotinho, com publicação no Diário Oficial de 13 de setembro do ano passado.

Ao Livro Verde passou por todas os grandes acontecimentos locais, estaduais, nacionais e internacionais a partir do Século XIX, como a Abolição dos Escravos (1888), a Proclamação da República (1889), a Primeira e a Segunda Guerra Mundial (1914/1918 e 1939/1945), seis das sete Constituições do Brasil (1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e a de 1988), a Gripe Espanhola (1918/1919) a Era de Getúlio Vargas (1930/1945), a Ditadura Militar (1964/1985), entre muitos outros, além da pandemia da COVID 19 (2020/2023), cujas as consequências ameaçam a sobrevivência da livraria.

Para evitar o seu fechamento, bem como a sua preservação e a sua perenização, a sociedade campista se mobilizou e criou o movimento SOS Ao Livro Verde, através de abaixo assinado digital, iniciado em seis de julho de 2023, que já tem mais de 2.100 signatários, no site aberto “petição pública”.

A mobilização conta também com o apoio oficial de mais de 60 instituições locais, regionais, estaduais e nacionais – como as prestigiosas Academia Brasileira de Letras (ABL), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e A Associação Nacional de Livrarias (ANL) - além de entidades, sindicatos e veículos de comunicação.

O movimento evoluiu e ampliou-se com a realização de Audiência Pública na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, em 14 de agosto de 2023, e com a criação da Comissão Mista SOS Ao Livro Verde, integrada por representantes da sociedade civil, do Poder Legislativo e do Poder Executivo de Campos dos Goytacazes.

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