'Memórias de Sancho Pança' em cartaz no Teatro de Bolso de sexta-feira a domingo
Segundo livro mais traduzido do mundo, atrás apenas da “Bíblia Sagrada”, o romance “Dom Quixote de la Mancha” tem uma releitura bastante original no cenário do teatro em Campos. Trata-se do monólogo “Memórias de Sancho Pança - O fiel escudeiro de Dom Quixote de La Mancha”, com texto de Arlete Sendra e direção de Fernando Rossi. Apresentado pela primeira vez em 2021, o espetáculo retornou este ano com uma nova temporada, que passará pelo Teatro de Bolso Procópio Ferreira de sexta-feira (1º) a domingo (3). As três sessões estão marcadas para as 20h, com ingressos a R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada), cada, pelo site megabilheteria.com.
Tendo Pedro Fagundes em cena, “Memórias de Sancho Pança - O fiel escudeiro de Dom Quixote de La Mancha” estreou nos dias 19, 20 e 21 de novembro de 2021, no Teatro Salesiano. Era um momento de retomada cultural após longo período com os espaços culturais fechados, em decorrência da pandemia da Covid-19. Ainda em 2021, mas em dezembro, a peça integrou a programação de reabertura do Teatro Múcio da Paixão, do Sesc Campos, que havia passado por uma reforma.
Mais de um ano e meio depois, as “Memórias de Sancho Pança” voltaram a entrar em cartaz, novamente com Pedro Fagundes dando vida ao personagem-título. No mês passado, fez parte da programação comemorativa dos 25 anos do Teatro Municipal Trianon. Recentemente, até houve uma apresentação no Teatro de Bolso, mas sem público, para ser gravada como cumprimento de um edital em que o espetáculo foi contemplado. Agora, enfim, a montagem será executada com plateia no espaço, que é tido como a casa dos artistas de Campos.
— Nossas produções trazem uma peculiaridade: são intuitivamente pensadas para os padrões técnicos do Teatro de Bolso, devido à sua representatividade e singularidade — afirma o Pedro Fagundes. — Obviamente, são produções adaptáveis, tanto é que estaremos pela primeira vez no Teatro de Bolso com público para esse espetáculo. Na gravação que fizemos recentemente, ficamos encantados com o cenário e os adereços montados no espaço. Obtivemos um novo olhar naquele momento — destaca.
Com uma dramaturgia lacunal de “Dom Quixote de la Mancha”, principal livro do romancista espanhol Miguel de Cervantes, a peça de Arlete Sendra apresenta as aventuras vividas pelo sonhador Dom Quixote a partir da perspectiva do seu fiel companheiro. Trata-se de uma abordagem mais lúdica. Nela, Sancho Pança é destacado como um homem simples, de aspirações grandiosas, impulsionado pela cobiça, mas que, mesmo sem enxergar gigantes nos moinhos de vento, embarca nas histórias e compra as brigas de Dom Quixote, crendo na verdade do outro.
— “Memórias de Sancho Pança” é um brinde aos meus 30 anos de serviços artísticos prestados a Campos, comemorados em 2023, e um exercício cênico dos mais desafiadores, mas que guarda memórias já inesquecíveis — finaliza o protagonista do espetáculo.
Além de texto de Arlete Sendra, direção de Fernando Rossi e atuação de Pedro Fagundes, que também assina a pesquisa musical e divide o figurino com Fábio Guilherme, a ficha técnica do monólogo conta ainda com Rodri Mendes e Rosângela Queiroz, na assistência de direção; Clara Abreu, na sonoplastia; Douglas Fernandes, na iluminação; Fabrício Simões, na maquiagem; ARV Confecções, na confecção das roupas; Vanderlei Machado, nos cenários e adereços; Fábio Guilherme e Luciana Rossi, na produção.