Jornalista não acredita em Deus, mas respeita Nossa Senhora da Penha
Anos 50. As conferências do jornalista Ulysses Martins na sede da Associação de Imprensa Campista (AIC) eram famosas, com plateia fiel e permanente. O médico Cardoso de Melo, por exemplo, não perdia uma.
Certa vez, uma turma de gozadores decidiu promover uma tertúlia entre Ulysses e um poeta baiano que aparecera aqui por Campos.
O tema era difícil: a existência ou não de Deus. No embate, Ulysses, fiel às suas convicções anarco-sindicalista, negava a existência de Deus.
Não conseguiu convencer, mas exibiu torrencial erudição. No fim, arrematou o seu erudito arrazoado com a seguinte explicação:
Certa vez, uma turma de gozadores decidiu promover uma tertúlia entre Ulysses e um poeta baiano que aparecera aqui por Campos.
O tema era difícil: a existência ou não de Deus. No embate, Ulysses, fiel às suas convicções anarco-sindicalista, negava a existência de Deus.
Não conseguiu convencer, mas exibiu torrencial erudição. No fim, arrematou o seu erudito arrazoado com a seguinte explicação:
— Não acredito em Deus, mas respeito muito Nossa Senhora da Penha, que é minha madrinha.