A importância do Solar dos Airizes não reside apenas em sua beleza ou tamanho. Por muito tempo foi considerado uma “meca”, um “local sagrado” de conhecimento e cultura.
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Além do acervo cartográfico e documental, uma incrível pinacoteca conferia ao Solar dos Airizes a condição de guardião da cultura, intelectualidade, arte e conhecimento técnico-geográfico de Campos e região. Por lá hospedaram-se nomes como Mário de Andrade e o imperador D. Pedro II.
Porém, assim como os campistas assistiram passivos a expatriação dos tesouros do Solar, estão assistindo sua ruína. O Airizes resiste bravamente, mas dá evidentes sinais que não resistirá por mais tempo. E com ele toda chance de valorização cultural e de educação patrimonial, principalmente sobre os processos de exploração humana que o envolve.
A prefeitura é a atual responsável pela manutenção e restauro do Solar dos Airizes, como definido em processo judicial, com trânsito em julgado — onde não cabem mais recursos. A justiça determina que as obras aconteçam de imediato, o que vem sendo descumprido pela municipalidade.
O Solar dos Airizes resistirá às próximas chuvas e a inércia de quem assiste passivo, e principalmente, de quem é responsável? Um tempo curto dirá.