A defesa de Garotinho tentou suspender a análise na segunda instância com base no entendimento do STF. No entanto, a relatora, desembargadora Kátia Junqueira, destacou que o julgamento no Supremo ainda não acabou e, por isso, não seria possível antecipar o resultado.
Além disso, apesar dos embargos terem sido rejeitados por unanimidade, o desembargador Tiago Santos votou pela concessão de uma liminar para suspender a condenação de Garotinho seguindo a mesma linha do STF, de que houve irregularidades na colheita de provas na operação Chequinho. Porém, os demais desembargadores rejeitaram o pedido.
No centro da polêmica, existe o julgamento no STF sobre a possível anulação das provas da Chequinho. A deliberação no plenário virtual também chegou a ser suspensa por um pedido de vista do ministro André Mendonça, e retomado em 30 de junho, quando ele e Nunes Marques acompanharam Edson Fachin e formaram maioria para manter a validade das provas.
No dia seguinte, Nunes Marques mudou repentinamente de opinião e trocou seu voto pela anulação das provas da Chequinho, acompanhando os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Atualmente, o placar é de 3 a 2 para que todas as condenações sejam anuladas (aqui) e os processos voltem à primeira instância, o que abriria caminho para uma eventual candidatura de Garotinho ao Governo do Estado, em uma rixa com o atual governador Cláudio Castro (PL).
Se mantida a anulação das provas da Chequinho, é possível que Garotinho consiga reverter uma eventual condenação pelo TRE posteriormente, mas o ex-governador se mostra preocupado com os danos à sua imagem com mais uma sentença que o deixa inelegível de momento. Além do público, o político campista tenta correr para viabilizar sua pré-candidatura dentro do próprio partido em uma queda de braço direta com Castro.