Eleição para presidente da Câmara de Campos tem data definida
Arnaldo Neto 23/11/2022 08:44 - Atualizado em 23/11/2022 09:24
Câmara dos Vereadores de Campos
Câmara dos Vereadores de Campos
A eleição para presidente da Câmara de Campos no segundo biênio da atual legislatura será no dia 13 de dezembro, uma terça-feira, às 17h. A informação foi confirmada pelo atual presidente da Casa, Fábio Ribeiro (PSD), na manhã desta quarta-feira (23), com 20 dias de antecedência. Além do cargo de presidente, os vereadores vão escolher os demais membros da Mesa Diretora da Câmara.
A eleição da Mesa da Câmara teve início no dia 15 de fevereiro. Fábio tinha um documento assinado por mais 12 vereadores, que o apoiariam à reeleição. O número era o suficiente para a vitória. Porém, no plenário, Maicon Cruz (PSC), que assinou com Fábio, votou em Marquinho Bacellar (SD), assegurando a vitória do líder de oposição. O resultado chegou a ser proclamado. Porém, no dia seguinte, Fábio anunciou a suspensão e, posteriormente, a anulação do resultado.
Já dizia o ex-governador mineiro Magalhães Pinto (1906-1996): “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. E o ex-deputado federal Paulo Feijó advertiu: “Na política de Campos, só falta boi voar”. As negociações continuam nos bastidores da política campista. Porém, se nenhum bovino alçar voo na planície goitacá, a oposição trabalha para ratificar a vitória de Marquinho.

Como observou o jornalista Saulo Pessanha (aqui) no seu “Painel Político” do dia 2 de novembro, “o bloco governista se reuniu algumas vezes nos últimos dias e tirou fotos. O maior quórum nos encontros somou 10 vereadores. Além dos 13 que derrotaram os governistas na eleição da Mesa (...), outros dois vereadores não participaram das últimas reuniões: (o deputado estadual eleito) Thiago Rangel (Podemos) e Dandinho de Rio Preto (PSD)”.
A base aguarda orientação do prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) e não teria “fechado” mais o nome de Fábio como candidato a presidente, como foi em fevereiro. Há duas semanas (aqui), o blog revelou que ele e o deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL) estiveram reunidos em Campos e conversaram sobre política, incluindo uma possível composição na Mesa.
Líder da oposição na Câmara, Marquinho disse acreditar que o diálogo do irmão dele com o prefeito configura um avanço. No entanto, apesar de destacar que Rodrigo é o líder político do grupo, afirmou que “a decisão sobre qualquer assunto referente à Câmara passa pelos 14 vereadores”. Para ele, é necessário seguir com a eleição anulada. “Quem busca entendimento e uma pacificação na Câmara, primeiro tem que aceitar a derrota na eleição de presidente (de 15 de fevereiro) e seguir a votação (da Mesa), respeitar nossas decisões”, afirmou Marquinho na oportunidade.
Anulação da eleição da Mesa — Durante a eleição da Mesa, Nildo Cardoso (União) não foi chamado para votar, apesar de ter orientado o voto da oposição em Marquinho. Esse foi o motivo da anulação, que, apesar de contestada, foi mantida em decisões judiciais. O episódio abriu uma das maiores polêmicas no Legislativo goitacá, que se arrasta até hoje e teve vários desdobramentos na Justiça.
Em protesto, os vereadores de oposição — Abdu Neme (Avante), Anderson de Matos (Republicanos), Bruno Vianna (PSD), Fred Machado (Cidadania), Helinho Nahim (Agir), Igor Pereira (SD), Nildo Cardoso, Luciano Rio Lu (PDT), Maicon Cruz, Marquinho Bacellar, Marquinho do Transporte (PDT), Raphael Thuin (PTB) e Rogério Matoso (União) — começaram a faltar às sessões. Um rito administrativo que poderia culminar na cassação deles chegou a ser aberto. Porém, a Justiça garantiu que a medida deveria passar pelo plenário, não apenas pela Mesa Diretora. Depois, a atual Mesa arquivou os processos de cassação.

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