Fábio Ribeiro é candidato à reeleição na Câmara com apoio de Wladimir
07/01/2022 20:55 - Atualizado em 08/01/2022 08:54
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*Com Cláudio Nogueira, Matheus Berriel e Aldir Sales
Presidente da Câmara de Campos, Fábio Ribeiro (PSD) revelou que vai buscar a reeleição neste ano, após o prefeito Wladimir Garotinho (PSD) ter pedido aos vereadores da base governista que apoiem sua recondução ao cargo para o próximo biênio. A revelação foi feita ao Folha no Ar, da Folha FM, nessa sexta-feira (07). Ele ainda deu nota 9 ao governo e pediu para que alguns secretários sigam o exemplo de “interação” do prefeito. Fábio não escondeu seu sonho de ser candidato a deputado federal, mas não será em 2022. Diz ser “homem de grupo” e avalia que os nomes de Anthony Garotinho, Marcelo Mérida (federal), Bruno Dauaire e Clarissa Garotinho (estadual) estão em cima da mesa do grupo político para disputar as próximas eleições, com a possibilidade de uma terceira candidatura à Alerj, dependendo da conjuntura política. Também defendeu o voto em pessoas ligadas à região, mesmo que não seja do seu grupo, no próximo pleito, e explicou os motivos para convocação da sessão extraordinária da próxima terça-feira (11), para alterações de dois projetos aprovados anteriormente.
Balanço de 2021 – Foi um ano muito difícil, mas foi um ano também muito produtivo. Foi um ano de muitos debates, de embates, porque embates às vezes são necessários, mas de muito respeito entre os membros da Câmara Municipal. Então, eu fiquei muito satisfeito com o resultado geral do ano de 2021. Nós tivemos protocolados na nossa secretaria mais de 217 projetos de lei. Isso é um recorde histórico, nunca se produziu tantos projetos de lei. Nós tivemos sancionados mais de 100 projetos de lei, também um recorde histórico. Nunca se sancionou tantas leis. O Executivo encaminhou para a Câmara 48 projetos de lei, no total; 44 foram aprovados, três estão tramitando, e o governo retirou o Código Tributário, depois encaminhou, numa edição menor, com a taxa de coleta de lixo, mas retirou o Código Tributário. Nós tivemos 18 audiências públicas, mesmo estando numa situação de pandemia, com sessões suspensas. Isso decorre do nosso foco de trazer a população para perto da Câmara.
Sessão híbrida – Eu acho que a sessão híbrida veio para ficar, mesmo, se Deus quiser, com a normalização. Mesmo que não tenha pandemia, o vereador, às vezes, está numa diligência na capital ou em outro município e pode participar da sessão. Então, essa é uma questão. Nós vamos, sim, permanecer com a sessão híbrida na Câmara de Campos, muito atentos, porque a gente sempre teve essa atenção.
Arrecadação própria – Qualquer alteração tributária tem que ser precedida por um amplo debate, uma ampla conversa, diálogo. Faltou naquele momento (no envio das alterações do Código Tributário à Câmara, em maio) esse debate, essa clareza para a população. A gente tem esse assunto muito em voga, o próprio setor produtivo, pessoas da elite pensante do nosso município, isso é recorrente: “Temos que ser independente dos royalties”. As pessoas não falam isso? Como é que você é independente se você não quer aumentar a sua receita própria? Então, é uma coisa que eu acho meio antagônica. Campos, hoje, tem 13% da sua arrecadação de recursos próprio, o resto é tudo transferência. Temos que aumentar o percentual dessa arrecadação. Dos municípios do Rio de Janeiro, o menor percentual de arrecadação própria é o do nosso município. Teve aquele movimento lá do setor produtivo, que para mim foi um movimento político, essa é a minha análise. A gente tem que ter essa discussão. Nós necessitamos de aumentar a nossa arrecadação própria para o nosso futuro. Concordo, a gente tem que desenvolver economicamente o nosso município, trazer mais indústrias, promover ações efetivas na agricultura, no agronegócio, que é uma vocação natural do nosso município... Buscar interação regional, né? Nós temos 22 municípios nas regiões Norte e Noroeste do estado com as mesmas características, com potenciais e com as mesmas dificuldades. No ano de 2021, nós criamos o Parlamento Interregional, e isso facilitou muito várias discussões.
Aposentados e pensionistas – Infelizmente, a Prefeitura de Campos não pode, o Tesouro Municipal não pode pagar esse bônus para os aposentados e pensionistas. Tem que ser feito pelo PreviCampos, que também está impossibilitado. Então, a gente tem que ser verdadeiro. Temos, sim, que brigar. Essa questão do reajuste é uma questão justa, não só para o ativo, mas também para o inativo. Aí, sim, brigar de forma bastante consistente, mas responsável, porque não adianta nada a gente reajustar a folha e não conseguir pagar. A gente está falando aqui de um desafio de pagar a folha sem as verbas royalties, com a diminuição das verbas royalties.
Pautas da sessão extraordinária – Na questão do bônus extraordinário, é melhorar uma redação de uma emenda que foi feita lá, no parágrafo único do artigo segundo. Uma emenda proposta por vereadores da Casa, mas a redação não ficou boa, excluiu os servidores. Na questão da bolsa, existiu também uma emenda da Casa que dobrou o valor. E o Executivo entende que, se permanecerem esses valores, o programa todo fica inviável.
Candidatura à reeleição – No final do ano teve uma reunião de avaliação de desempenho político do nosso grupo, mas principalmente o grupo da base, em que o prefeito Wladimir Garotinho solicitou ao grupo da base a minha reeleição, entendendo como importante para o governo municipal a recondução nossa à frente do Poder Legislativo e dizendo aquilo que a gente conseguiu trazer em 2021. A gente aumentou muito as discussões da oposição, a fala, e aí mostra o Parlamento de forma independente, mas que tem que ter uma certa união para que possamos avançar, e não o Legislativo ser uma causa impeditiva do crescimento do Executivo. Então, baseado nessa questão, Wladimir pontuou muito bem falando dos avanços da governança, da gestão no momento de 2021, mas que ainda precisamos ter algumas medidas, e que é necessário um Legislativo independente, sim, mas que esteja unido na causa do nosso município.
Nota ao governo Wladimir – Não vamos falar só do prefeito, vamos falar do governo em si, porque eu acho que o governo é composto pelo prefeito e por seus secretários. Eu, no início do ano, dei nota 10. E agora eu dou nota 9, porque eu acho que falta. Esse fatídico 25 de maio passou, e a gente tem que aprender: interação, articulação, diálogo. E também, aí eu falo com alguns secretários... Não todos, mas que também busquem a interação que o prefeito dá como exemplo. Ele sempre ouve, sempre discute. Que tudo isso possa ser estendido para todas as pastas, para que, de forma bastante republicana, a gente possa estar avançando. Hoje, eu dou nota 9, pedindo uma interação maior dos secretários quanto aos problemas do município.
Candidaturas do grupo – Primeiramente, eu queria chamar a atenção de todos os políticos, de todos os dirigentes partidários, que a gente não pode perder a representação que nós tivemos em 2018, das urnas de 2018. Nós tivemos eleitos quatro deputados estaduais (por Campos): o Bruno Dauaire (PSC), o Rodrigo Bacellar (SD), o Gil Vianna (PSL) e o João Peixoto (DC). Infelizmente, nós perdemos, nessa guerra com a Covid, os nossos queridos amigos Gil Vianna e o João Peixoto. Que toda a composição seja realmente voltada para o interesse coletivo, é isso que eu sempre friso. Que a gente possa estar fazendo um planejamento não nas questões pessoais. Sonhar faz parte do indivíduo. A gente já nasce reclamando, já nasce fazendo política ao chorar. Sonhar também é da natureza, mas nós temos que pensar no coletivo.
Fator Garotinho – Garotinho, hoje, é um dos maiores patrimônios eleitorais que tem o nosso estado, se não for o maior. A possibilidade de ele participar de uma eleição traz para o grupo grande benefício. Em 2010, ele foi eleito deputado federal e elegeu o deputado Paulo Feijó. Ali, naquele momento, nós conseguimos fazer dois federais e dois estaduais. Então, dependendo da configuração, ele saindo a federal, e está pré-lançada e ganha consistência a candidatura do Marcelo Mérida, secretário de Desenvolvimento Econômico, nós teríamos a possibilidade do Bruno Dauaire, que é naturalmente o nosso candidato a reeleição, e da Clarissa Garotinho virem como estadual. Poderíamos, nesse cenário, falando somente nesse cenário, buscar uma terceira candidatura, sim. A gente tem várias possibilidades. Nós temos, por exemplo, Pastor Marcos Elias, da Câmara; nós temos o Thiago Rangel, temos o Juninho Virgílio. É aquilo que eu falei: política tem que amadurecer. Então, existe essa possibilidade. Tem outro pré-candidato, que é o vereador Bruno Vianna, mas ele não está no grupo hoje. Mas, poderá vir a ser, porque eu soube da possibilidade de ele ingressar no PSD. E o PSD, hoje, em Campos, são o prefeito Wladimir Garotinho, o presidente da Casa, Fábio Ribeiro... Então, quer dizer, é uma possibilidade também. É uma questão de discussão e de amadurecimento.
Representatividade da região – A gente tem que ser estratégico para não perder a nossa representatividade alcançada em 2018. Nós tivemos quatro deputados. Então, acredito que pode ser repetido. O Rodrigo Bacellar tem, no meu modo de entender, grandes chances de reeleição. Não existe vitória ganha, mas o cara está realmente demonstrando que é um cara articulador, uma pessoa que traz benefícios para a região. Nós temos o Bruno Dauaire que também vem para reeleição. Dependendo da configuração, temos a deputada Clarissa, temos Thiago Rangel, Bruno Vianna. Eu concordo plenamente com o meu amigo (o vice-prefeito) Frederico Paes. Eu defendo, realmente, a votação em candidatos da região. Eu falei aqui de deputados, tem o Christino Áureo, de Macaé. Tem deputados da região que fazem um trabalho no nosso município e na região como um todo, que são o Jair Bittencourt, de Itaperuna, e o Chico Machado, de Macaé. Então, a gente tem, sim, que defender a nossa representação através da representação de candidatos locais. Eu concordo plenamente nisso. A gente chegou a um resultado muito bom em 2018. Acho que nós temos que tentar repetir, seja qual partido.
Disputa no futuro – Eu nunca neguei que eu sou homem de grupo. Eu fui candidato em 2004 porque fui solicitado. Em 2008, eu não quis ser candidato, apesar de ter sido solicitado. Em 2012, fui candidato porque fui solicitado pelo grupo. Em 2020, eu pensei que estava aposentado, lá em Lagoa de Cima, mas o Wladimir me chamou, no dia 31 de dezembro de 2019, falando da pretensão dele de ser candidato a prefeito e pedindo um esforço para que a gente pudesse estar, porque sabia da dificuldade que a gente iria encontrar nesse primeiro ano de governo, principalmente, e sabia da dificuldade que vamos encontrar pela frente. Então, ele achava que, na composição do grupo, com pessoas com possibilidade de eleição, que a gente tinha uma experiência para estar conduzindo esse trabalho. Então, a gente voltou. E eu repito: na verdade, esse sonho de ser deputado estadual não é meu. Eu tenho um sonho de ser deputado federal, o meu sonho é esse. Mas, a gente sabe esperar a hora, sabe esperar o momento. Eu sou um homem de grupo, tenho um líder político, que é Garotinho. A gente obedece todo o planejamento do grupo, porque a gente sabe onde tem que chegar.
Apoio a Castro – Eu acredito que vão surgir outros nomes até lá, porém a gente tem que fazer justiça. Por tudo aquilo que o governador tem feito pelo nosso município... A gente falou da questão da folha de pagamento, mas tem a reforma do HGG, tem três bairros legais que já estão em fase de licitação (Saraiva, Vila Manhães e Vila dos Pescadores no Farol)... Por tudo isso, hoje, eu estou com Cláudio Castro. 

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    Arnaldo Neto

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