Em sua primeira declaração após ser eleito novo presidente da Câmara de Campos a partir de 2023, o vereador Marquinho Bacellar (SD) agradeceu a articulação junto ao irmão, o secretário estadual de Governo Rodrigo Bacellar, e a Caio Vianna (PDT), segundo colocado na última disputa a prefeito. Além de Maicon Cruz (PSC) – considerado governista até o final de 2021 –, os votos de Marquinho do Transporte e Luciano Rio Lu – ambos do PDT de Caio – também foram fundamentais para o resultado da votação.
— Foi uma articulação muito bem feita. Quero agradecer aqui o meu irmão Rodrigo Bacellar, ao Caio Vianna, que mostrou maturidade, palavra com a gente. Agradecer a Maicon Cruz e aos vários colegas que perceberam que esse primeiro ano, nós passamos muita dificuldade aqui dentro com a população sofrendo com várias covardias e a gente sem poder fazer nada, nem direito a palavra gente tinha na sessão — disse Marquinho.
Caio Vianna e Rodrigo Bacellar ensaiaram uma aliança para a candidatura do pedetista a prefeito em 2020, mas romperam relações ainda durante a pré-campanha. Bacellar, então, lançou o nome de Dr. Bruno Calil (SD), que ficou na terceira colocação. No segundo turno entre Caio e Wladimir Garotinho (PSD), a maioria dos vereadores eleitos pelo grupo de Rodrigo apoiaram o atual prefeito, com exceção de Marquinho.
O novo presidente declarou, ainda, que pretende dar mais independência aos vereadores em sua gestão e reclamou da condução até a votação no plenário.
— Será uma nova era para a Câmara de Campos a partir de 1º de janeiro. A gente já sabia que poderia acontecer essa covardia de dar uma pauta faltando 10 minutos novamente, com uma votação tão importante como essa. Mas eu acho que aqui se faz, aqui se paga. Todo mal que a gente faz, volta para a gente. É o que aconteceu hoje. Ele não esperava uma articulação nossa, não esperavam homens de palavra como são os três vereadores que estão aqui. Então repito para vocês, será uma nova era em Campos, será uma Câmara independente, como toda a Câmara devia ser. Isso aqui não será um puxadinho do prefeito. Manteremos a nossa postura, fiscalizando e sempre em prol do bem da população. Não sou um presidente sozinho, sou o presidente, hoje, com 13 colegas e serei um presidente de 25 vereadores, de toda a população de Campos.
Por fim, Marquinho Bacellar disse que espera encontrar com Wladimir e reclamou da falta de diálogo por parte do governo. “Ele tem se mostrado muito imaturo em relação a isso. Eu particularmente não tive encontro com ele em momento nenhum nesse um ano e dois meses de mandato. Não fui procurado e não fui atendido em nenhum momento. Não só por ele, como nenhum secretário. Eu tentei porque duas vezes eu fui, mas não fui atendido. Mas hoje nós temos colegas experientes como Dr. Abdu, Nildo, que tem anos de mandato, tantos outros colegas também, mostrando surpresa, um trabalho surpreendente. Então acredito que ele terá sim, que nos ouvir hoje mais do que nunca.