Morre o artista plástico campista João de Oliveira
24/05/2021 09:23 - Atualizado em 24/05/2021 15:25
O artista plástico campista João de Oliveira morreu, aos 65 anos, nesta segunda-feira (24). Ele estava internado na UTI do Hospital Dr. Beda II, onde fazia hemodiálise. Em fevereiro do ano passado, João chegou a abrir seu próprio espaço denominado Petit Galerie, onde expôs quadros que compõem uma retrospectiva de sua obra iniciada no final dos anos 1960. Ao longo desse tempo, já expôs seus trabalhos em várias cidades brasileiras e no exterior (França, Alemanha, Inglaterra e Itália). Sua primeira exposição foi realizada em 1968. João era casado com Cláudia Oliveira e deixa o filho Uno de Oliveira.
Atualização 24/05, às 14:30 - O velório será no Palácio da Cultura, a partir das 15:00h. Segundo informações, o local  seguirá os protocolos sanitários em relação a uso de proteção individual, lotação máxima e distanciamento.  O sepultamento ocorrerá no cemitério Campo da Paz, amanhã (25), às 09:00h. (Mais informações e depoimentos aqui)
João de Oliveira era arquiteto e sempre se dedicou às artes plásticas, João de Oliveira se tornou artista plástico e programador visual de grande reconhecimento profissional em Campos. Ele é conhecido como “João do Índio”, devido ao sucesso de sua exposição de quadros intitulada “Índios”, que retratava toda essência indígena. Levada para várias cidades, entre elas Rio de Janeiro e Brasília, “Índios” ganhou o mundo depois de uma exposição no Hotel Copacabana Palace, na Galeria Place des Arts, levando o campista para uma exposição internacional em Londres, na Marsham Gallery, em 1985.
Em 1980, depois de ter participado de mostras de arte no Rio, foi convidado a fazer sua primeira exposição individual em Campos, no Palácio da Cultura. Nesta época, fazia uma pesquisa minuciosa sobre o índio brasileiro e daí surgiu uma exposição em que ele retratava os índios com toda sua beleza, inocência e espiritualidade. Com o sucesso, realizou, só em Campos, exposições individuais com essa temática nos anos de 80, 81, 83, 84 e 87.
Em 1994, João fez uma exposição na Caixa Econômica intitulada “Espelhos”, onde várias imagens de Campos apareciam refletidas sobre o rio Paraíba. Foi considerada a primeira exposição em Campos com recursos de computador aliados a efeitos de Air-Brush. Realizou, também, várias exposições com outros temas. Em 1996, foi convidado a expor no Free Jazz do Museu de Arte Moderna do Rio. Apaixonado pela música, João de Oliveira desenvolveu 28 quadros sobre o tema. De lá para cá, muitas obras e exposições em seu currículo, sendo apontado como um dos maiores artistas da cidade, tendo já exposto por duas vezes no Salão de Artes Contemporâneas do Museu do Louvre, em Paris, mais conhecido como “Carrousel du Louvre”. (Folha1)
Fundação Cultural emite nota de pesar 
A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), lamenta o falecimento do artista plástico João de Oliveira, aos 65 anos, vítima de problemas renais, nesta segunda-feira (24). Com mais de 50 anos de carreira, João de Oliveira, nascido em Tócos, na Baixada Campista, colecionou momentos de sucesso, através de sua arte, com destaque para quadros em que retratava os índios brasileiros. Expondo em Campos, em diversos estados e no exterior, o artista levou o nome do município, por onde passou, com orgulho. A FCJOL disponibilizou, para o velório, o Palácio da Cultural, local em que João realizou diversas exposições, na década de 1990.
“João foi um gênio da nossa arte, sempre nos surpreendendo com tudo aquilo que produzia. Nosso artista realizou, em 2013, uma temporada de exposições em Spoleto, na Itália; no Carrousel du Louvre - Museu du Louvre, em Paris e na Galeria Wesel, na Alemanha. Nossa missão é continuar divulgando e valorizando sua arte, para que as futuras gerações sigam admirando sua arte”, disse a presidente da FCJOL, Auxiliadora Freitas.
 
 
 
 

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    Edmundo Siqueira

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