O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PSD), vai enviar oficialmente à Câmara um pacote, com cerca de 15 projetos, que será logo apreciado pelo Legislativo. E algumas medidas são consideradas amargas, já que atingem servidores da Saúde, mas renderiam uma economia mensal de R$ 4,5 milhões. Entre os cortes, estão os adicionais de gratificação e insalubridade, além da substituição. O pacote também traz impactos para o contribuinte, com o aumento da alíquota do ITBI (Imposto sobre a transmissão de bens imóveis), que passaria de 2% para 3%.

A articulação para aprovação do projeto, nos bastidores da Câmara, começou na última semana. No entanto, oficialmente, o pacote ainda não está no Legislativo. Havia previsão de que chegasse nesta terça-feira (18), para votação a toque caixa, no mesmo dia ou no seguinte, o que não se confirmou até o momento. Outra possibilidade é deixar a votação para a próxima semana, enquanto os articuladores do governo costuram um cenário mais favorável. 

Esses projetos, inclusive, adiaram as discussões sobre as contas de Rosinha Garotinho (Pros), de 2016, após a atual legislatura ter anulado (aqui) o ato da anterior, que já tinha reprovado. Para articuladores do governo, não seria fácil costurar com os vereadores para colocar em pauta no mesmo período dois assuntos polêmicos. Além disso, a votação do pacote de Wladimir é visto como um termômetro da fidelidade de alguns vereadores, almejando os dois terços dos votos necessários para que seja revertido o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que recomentou a reprovação das contas de Rosinha, referente ao ano de 2016.

Atualização às 16h13 — A presidente do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos, Elaine Leão, enviou uma nota à Folha, na qual se posiciona contra as medidas, que classifica “como uma crueldade e falta de respeito”. Confira a nota:

Mais informações na coluna Ponto Final, na edição impressa desta quarta-feira (19) da Folha da Manhã.