Hospital de campanha em Campos deve ser entregue na 2ª quinzena de maio
Mário Sérgio Junior 07/05/2020 09:45 - Atualizado em 08/05/2020 22:44
Hospital de campanha em Campos
Hospital de campanha em Campos / Genilson Pessanha
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, nesta quinta-feira (7), que o hospital de campanha em Campos deve ser entregue na segunda quinzena de maio. A unidade está instalada na avenida 28 de Março, na área da antiga Vasa, na área central do município. De acordo com a SES, o hospital terá 100 leitos para o tratamento de pessoas com coronavírus. Em Campos, de acordo com boletim divulgado nessa quarta (6), o número de infectados subiu para 114. A Prefeitura contabiliza ainda 7 óbitos confirmados e 5 em investigação.
Após ser adiada duas vezes, no dia 26 de março e 6 de abril, a montagem do hospital em Campos teve início no dia 10 de abril e inicialmente o prazo para conclusão era no dia 30 de abril. No dia 2 de abril, uma comitiva do Governo do Estado do Rio veio a cidade de Campos e realizou uma inspeção da área. A vistoria contou com um engenheiro e um médico. No dia 3 de abril, funcionários da Prefeitura Municipal de Campos realizaram a limpeza do terreno.
Ainda em nota, a SES informou que o planejamento dos hospitais de campanha foi baseado em análise técnica, além da viabilidade de localização, e que os pacientes serão encaminhados para essas unidades via Central Estadual de Regulação.
Ainda de acordo com a SES, o Estado terá ainda 2 mil leitos de campanha, que serão disponibilizados de forma gradativa no ao longo do mês de maio, de acordo com a evolução da pandemia. “A primeira unidade foi inaugurada no sábado (25/04), com uma estrutura erguida em 19 dias num terreno ao lado do 23º BPM, no Leblon, Zona Sul da capital, e oferecerá 200 leitos (100 deles de UTI) operados pela Rede D’Or. A unidade já conta com 50 leitos abertos, sendo 30 de UTI e 20 de enfermaria. O próximo a ser inaugurado deverá ser o do Maracanã, que terá 400 leitos, 80 deles de UTI, nos primeiros dias de maio”, informou a nota.
Os leitos de campanha serão distribuídos da seguinte maneira: 400 no Complexo do Maracanã, sendo 80 de UTI; 200 em São Gonçalo (no Clube Mauá), sendo 40 de UTI; 200 ao lado do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, sendo 200 de UTI; 200 no Parque dos Atletas, em Jacarepaguá, sendo 50 de UTI; 200 no terreno do 23º BPM, no Leblon, sendo 100 de UTI; 100 em Campos dos Goytacazes, no Centro, sendo 20 de UTI; 100 ao lado do Hospital Regional Gélio Alves Faria, em Casimiro de Abreu, sendo 20 de UTI; e 100 em Nova Friburgo (no Ginásio Esportivo Frederico Sichel), sendo 20 de UTI. Além desses, 500 leitos serão construídos em Nova Iguaçu, sendo 200 numa unidade de campanha (40 deles de UTI) e outros 300 (120 de UTI) sobre uma estrutura modular, que ficará de legado para a população após a pandemia.
Superfaturamento - Denúncias de superfaturamento rondam a montagem dos hospitais de campanha em Campos e Casimiro de Abreu, que vão reforçar o combate e prevenção do coronavírus na região. De acordo com contrato assinado entre o Governo do Estado e a organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), só a implementação das duas unidades custará ao cofre público quase R$ 20 milhões por mês, valor 10 vezes maior que a construção de um hospital de campanha em São Paulo, que terá maior capacidade. Após o contrato, o Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil e emitiu recomendação para que o Poder Público dê transparência a gastos sem licitação no enfrentamento ao coronavírus.

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