Maria Laura Gomes
29/04/2020 13:17 - Atualizado em 04/05/2020 22:17
O hospital estadual de campanha, em Campos, ainda não tem nada para ser entregue e, mesmo envolvido em denúncia de superfaturamento, a montagem segue normalmente na área da antiga Vasa, na avenida 28 de Março. Sobre a conclusão da unidade, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) apenas informa que a previsão é para maio. Nesta quarta-feira (29), a pasta informou que, até o momento, 724 novos leitos para tratamento de pacientes suspeitos ou confirmados do coronavírus foram abertos em todo o estado do Rio de Janeiro. Desse total, 572 são em hospitais de referência para o tratamento da Covid-19, sendo 287 UTIs e 285 enfermarias. Além dessas unidades destinadas, há ainda 152 leitos para o tratamento da Covid em áreas isoladas de outras unidades estaduais.
Após ser adiada duas vezes, no dia 26 de março e 6 de abril, a montagem do hospital em Campos teve início no último dia 10 e inicialmente o prazo para conclusão era no dia 30 de abril. O hospital contará com 100 leitos, 20 deles com respiradores e destinados a pacientes em estado mais graves que necessitem de UTI. No último dia 2, uma comitiva do Governo do Estado do Rio veio a cidade de Campos e realizou uma inspeção da área. A vistoria contou com um engenheiro e um médico. No dia 3, funcionários da Prefeitura Municipal de Campos realizaram a limpeza do terreno.
Ainda de acordo com a SES, o Estado terá ainda 2 mil leitos de campanha, que serão disponibilizados de forma gradativa no ao longo do mês de maio, de acordo com a evolução da pandemia. “A primeira unidade foi inaugurada no sábado (25/04), com uma estrutura erguida em 19 dias num terreno ao lado do 23º BPM, no Leblon, Zona Sul da capital, e oferecerá 200 leitos (100 deles de UTI) operados pela Rede D’Or. A unidade já conta com 50 leitos abertos, sendo 30 de UTI e 20 de enfermaria. O próximo a ser inaugurado deverá ser o do Maracanã, que terá 400 leitos, 80 deles de UTI, nos primeiros dias de maio”, informou a nota.
Os leitos de campanha serão distribuídos da seguinte maneira: 400 no Complexo do Maracanã, sendo 80 de UTI; 200 em São Gonçalo (no Clube Mauá), sendo 40 de UTI; 200 ao lado do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, sendo 200 de UTI; 200 no Parque dos Atletas, em Jacarepaguá, sendo 50 de UTI; 200 no terreno do 23º BPM, no Leblon, sendo 100 de UTI; 100 em Campos dos Goytacazes, no Centro, sendo 20 de UTI; 100 ao lado do Hospital Regional Gélio Alves Faria, em Casimiro de Abreu, sendo 20 de UTI; e 100 em Nova Friburgo (no Ginásio Esportivo Frederico Sichel), sendo 20 de UTI. Além desses, 500 leitos serão construídos em Nova Iguaçu, sendo 200 numa unidade de campanha (40 deles de UTI) e outros 300 (120 de UTI) sobre uma estrutura modular, que ficará de legado para a população após a pandemia.