Os idiotas e imbecis sempre existiram, talvez mais ruidosos agora que “as mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis”, como disse o escritor italiano Umberto Eco. Mas causam danos em situações extremas e quando é preciso rogar por bom senso e dizer o óbvio.
Concordando com Lessa, cito um trecho de sua postagem: “esta é a maior maravilha de um estado democrático — assegurar aos burros e idiotas que tenham voz. Mas, daí a acolher essas idiotices, é quanto faz diferença as autoridades responsáveis com o bem maior da população, que é a saúde, inclusive dos imbecis de plantão”
Teorias conspiratórias, colocar a culpa na China, esbravejar pelas consequências econômicas, inventar remédios milagrosos ou chamar de resfriadozinho. Tudo é permitido, desde que essas idiotices não afetem a saúde pública. Fiquem restritas ao obscurantismo e negacionismo científico.
E, mesmo com a fritura pública do ministro da Saúde, Mandetta, que vem conduzindo a crise com competência, é preciso desejar, como fez o promotor campista: “Boa sorte nós! Isto vai passar...”